Política

S. Amaro: Justiça nega habeas corpus e decreta prisão preventiva a vice-prefeito

Publicado em 19/07/2016, às 16h35   Juliana Nobre


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A prisão temporária de cinco dias do vice-prefeito de Santo Amaro, Leonardo Pacheco (PSB) foi substituída por uma preventiva, que pode chegar a 180 dias, prorrogável por mais 180. A decisão foi publicada nesta terça-feira (19), após pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do vice-prefeito, do secretário de Obras do Município, Luís Eduardo Pacheco, e o funcionário da pasta, Diego Sales. Também foi prorrogada a prisão temporária do empresário Roberto Santana e decretada a prisão temporária do empresário Luis Claudio Sampaio Lobo. 

Todos estão sendo investigados, através da Operação Adsumus da Polícia Federal, por envolvimento fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa na montagem e execução de um esquema fraudulento que teria causado um prejuízo de aproximadamente R$ 20 milhões para os cofres públicos municipais. Foi constatado que as ações eram implementadas com o aval do vice-prefeito. Empresários e agentes públicos movimentaram milhões, desde 2011, em contratos de obras públicas que se arrastam no tempo, com justificativas de prorrogações "forjadas".

A fraude

Consistia no favorecimento de um grupo específico de empresas para a compra de materiais e locação de máquinas que deveriam ser utilizadas na realização de obras prorrogadas indefinidamente sem justificativas plausíveis. A polícia Federal descobriu que intensa movimentação financeira era concentrada pelas Empresas Grauthec Construtora Ltda, Oliveira Santana Construções, Serv. Bahia Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda e Real Locações de Máquinas e Equipamentos Ltda. Elas venceram licitações para grandes obras de 2011 para cá. Também foi verificada a compra de materiais de construção, exclusivamente, na empresa Ayres Materiais de Construção Ltda.

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