Política

Áudio de Jucá deixa evidente caráter golpista do impeachment, diz Dilma

Publicado em 24/05/2016, às 07h05   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A presidente afastada Dima Rousseff afirmou na noite desta segunda-feira (23) que a divulgação de conversa gravada entre o ministro do Planejamento afastado, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado deixa “evidente” o caráter “golpista” e “conspiratório” do processo de impeachment.
“Agora, mais que nunca, está claro o caráter golpista, e verdadeiramente golpista deste processo de impeachment. A gravação que escutamos hoje [...] mostra o ministro do Planejamento interino Romero Jucá defendendo meu afastamento como sendo parte integrante, fundamental, de um pacto nacional, e tinha por objetivo interromper as investigações da Lava Jato. Deixa evidente o caráter golpista e conspiratório que caracteriza este processo de impeachment”, afirmou a petista.
Dilma deu a declaração ao participar, em um Parque de Exposições, em Brasília, da cerimônia de abertura do IV Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil.
Diálogos entre Jucá e Machado divulgados nesta segunda-feira (23), pela Folha, que Jucá sugeriu na conversa que uma "mudança" no governo federal resultaria em um "pacto" para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato.
Para a presidente afastada, o episódio demonstrou que o processo de impeachment, que tramita no Senado, é a "melhor estratégia", para paralisar a Operação Lava Jato.
“Ele [Jucá] acabou de revelar que o impeachment é a melhor estratégia de paralisação da Lava Jato. Eles, que diziam que era para continuar a Lava Jato, por trás, evitavam e tomavam todas as medidas para paralisar”, completou. “Fui afastada por até 180 dias, para que seja julgado pedido fraudulento. Um dos principais articuladores confessa involuntariamente sou golpista, somos golpistas e o golpe está em curso”.
No último dia 12, o plenário do Senado Federal aprovou a abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff, o que a deixa afastada do mandato por até 180 dias.

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