Política

Juca prevê disputa e dispara contra Neto: não cuida da cidade de forma igual

Publicado em 23/05/2016, às 19h54   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


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Fora do governo federal, após o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira (PT) viabiliza agora com mais intensidade a indicação do seu nome como pré-candidato oficial do PT em Salvador. Juca reclama da demora de definição do partido, mas mostra que está com a artilharia montada contra o modelo de gestão que o prefeito ACM Neto (DEM) tem aplicado na capital baiana.
“É como se você tivesse um carro com motor batendo, com sistema de amortecimento vencido, com problema na caixa de marcha e ele leva à oficina para fazer a chaparia do para-lama da frente. Ele não está cuidando da cidade inteira de forma igual. Eu não represento a maquiagem”, disparou nesta segunda-feira (23), durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM.
“Salvador não é essa tripinha na beira do mar. É preciso recompor o programa de planejamento do município. Tem que criar uma lógica de cidade como um todo. Não sou contra o beneficiamento da Orla, sou contra o autoritarismo na relação com a população da Barra, do Rio Vermelho, que não foi ouvida nas reformas”, completou.
Para Juca a prefeitura conduz com mão de ferro as discussões do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). “Achei que deram pouco espaço para a cidade. Minha marca no Ministério da Cultura foi a participação das pessoas. Não faz mal a um governante chamar os moradores e comerciantes. Autoritarismo não cabe mais no Brasil, já foi moda na Bahia, foi método dominante de governar. Mas o Brasil vem avançando.
Apesar da larga margem de aprovação popular do prefeito ACM Neto, Juca diz que “Rui está muito bem em Salvador” e contará com a força da máquina estadual caso tenha seu nome confirmado para o pleito.
“Salvador é muito generosa com seus governantes. Eu às vezes me pergunto como é João Henrique conseguiu se reeleger? A cidade é benevolente excessivamente, no meu ponto de vista. Ainda não fomos beneficiados pela democracia desde a redemocratização”.

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