Política

Neto sobre Jucá: não é razoável que uma autoridade queira abafar investigações

Publicado em 23/05/2016, às 12h27   Cíntia Kelly (Twitter: @cintiaKelly_ )


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“Não é razoável que uma autoridade queira abafar as investigações da Lava Jato”. A afirmação é do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), sobre o áudio divulgado da conversa entre o ministro do Planejamento, senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Entretanto, Neto se esquivou ao ser questionado se o presidente interino Michel Temer deveria exonerar o auxiliar. "Isso é com o governo. Eu não sou do governo".
Neto acredita que Temer irá dar seguimento a Lava Jato. "O que nós queremos é que haja um compromisso firme com a continuidade da Lava Jato. E o próprio Michel Temer disse isso. Disse isso em seu discurso inaugural e tem dito isso repetidas vezes nas suas entrevistas. E aliás, tem dado demonstrações concretas. Por exemplo, manteve toda a cúpula da Polícia Federal, que vem conduzindo a Lava Jato, então não é de maneira alguma a declaração isolada de um ministro que vai comprometer uma posição de governo”, avalia.
Em conversas ocorridas em março passado, o ministro sugere que "mudança" no governo federal resultaria em um pacto para "estancar a sangria" representada pela Operação Lava Jato, que investiga ambos.
Gravados de forma oculta, os diálogos entre Machado e Jucá ocorreram semanas antes da votação na Câmara que desencadeou o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As conversas somam 1h15min e estão em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Jucá é alvo de um inquérito no STF derivado da Lava Jato por suposto recebimento de propina. O dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou em delação que o peemedebista o procurou para ajudar na campanha de seu filho, candidato a vice-governador de Roraima, e que por isso doou R$ 1,5 milhão. O valor foi considerado contrapartida à obtenção da obra de Angra 3. Jucá diz que os repasses foram legais.
Foto: Gilberto Jr. / Bocão News

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