Política

‘Não vamos ter mudança nenhuma no país’, aponta Pinheiro sobre gestão Temer

Publicado em 11/05/2016, às 08h19   Aparecido Silva e Luiz Fernando Lima*


FacebookTwitterWhatsApp

Em Brasília, o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) já é dado como certo. No entanto, o futuro ainda não parece claro para muitos políticos, a exemplo do senador baiano Walter Pinheiro (Sem partido). O ex-petista diz que não vê possibilidade de mudanças no horizonte com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que faz parte do projeto do governo Dilma desde o primeiro mandato da gestora.

Pinheiro é defensor da proposta que prevê nova eleição presidencial, mas a aprovação da admissibilidade nesta quarta-feira (11) e o afastamento de Dilma sepulta qualquer possibilidade, uma vez que a petista precisaria estar em exercício para aceitar a renúncia para propor o novo pleito. Segundo o congressista, a conjuntura de problemas que o país enfrenta é fruto do governo, envolvendo aí presidente e vice. “Eu encabeço aqui com alguns senadores a proposta que é de tirar os dois via eleição. Achamos que o governo foi muito ruim, e muito ruim conduzido pelos dois. Não existe essa história de que o casal se separou porque não estava dando certo e o problema era só de um ou de outro. Não. O problema foi constituído com os dois juntos. Se dois, juntos, não conseguiram governar, imagine separados. E essa relação durou 1914 dias, cinco anos e três meses de governo juntos”, frisou Pinheiro em entrevista ao Bocão News.

Segundo o senador, o processo possui erro na tramitação. “Porque eu voto contra a admissibilidade: porque você só vai ter julgamento no final. Essa admissibilidade tem um erro, na hora em que votamos a admissibilidade, eu já coloco um presidente no lugar do outro. No colégio eleitoral, eu coloco um cara para virar presidente, nesse mesmo colégio eleitoral, antes do julgamento eu já faço a condenação”, afirmou. Para o parlamentar, a aprovação da admissibilidade afasta Dilma, mas coloca Temer no governo, o que não representará mudanças. “Eu vou ter que conviver com aquilo que começou com Dilma e Temer, não vamos ter mudança nenhuma no país”, ressaltou.

*Direto de Brasília.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp