A Justiça tarda, mas não falha, diz Alice Portugal sobre afastamento de Cunha

A deputada federal baiana Alice Portugal (PCdoB) comemorou o afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB) do mandato eletivo e consequentemente do cargo de presidente da Câmara Federal por força da liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

"Ontem à noite já estávamos a despedir do ordenador do golpe. Esperávamos para a tarde de hoje da decisão do STF, mas o ministro aquiesceu a liminar pedida pelo procurador-geral. Agora, podemos afirmar aquela máxima do ditado popular: a justiça tarde, mas não falha. Acertou o ministro, porque de fato o Eduardo Cunha tem um rol de acusações comprovadas que envergonha o Parlamento brasileiro", disse a deputada ao Bocão News.

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A comunista afirmou ainda que espera que a decisão coloque o Parlamento "em um outro momento". "Espero que o STF confirme a decisão liminar para que seja restabelecida a confiança do povo às instituições", frisou.

Colega de partido de Alice Portugal, Daniel Almeida também demonstrou satisfação com a liminar. "Esperava que tivesse chegado há mais tempo, esse pedido foi feito em dezembro e só agora foi apreciado, depois que Cunha cumpriu o serviço sujo de desestabilizar o governo, conduzir o processo de impeachment. Tem que ter uma explicação para essa medida tardia", reclamou Almeida. 

Em sua decisão, o ministro Teori Zavaski lembrou que Cunha já foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro em inquérito da Operação Lava Jato e foi instaurado novo processo para apurar corrupção passiva, lavagem de dinheiro e manutenção de valores não declarados em contas no exterior. 

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