Política
Publicado em 04/05/2016, às 09h19 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a inclusão do nome ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e de outros 29, entre os quais, Jaques Wagner e Lula, nas investigações do inquérito que apura a existência de uma organização criminosa na companhia.
O pedido assinado pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot tem como base a delação premiada de Nestor Cerveró. O ex-diretor da Petrobras afirmou que parte do dinheiro desviado encheu os cofres da campanha do ministro-chefe do gabinete pessoal da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, à época em que ele disputou (e venceu) a eleição para o governo da Bahia em 2006.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, Gabrielli declarou desconhecer as denúncias e por esta razão não poderia comentar o conteúdo. “Acho estranho ser colocado como investigado no Supremo Tribunal Federal. Já prestei seis depoimentos como testemunha e nunca fui acusado. Somente depois de conhecer o conteúdo terei condições de responder”.
De fato, embora parte significativa dos crimes investigados pela da operação Lava Jato tenham sido cometidos durante a gestão de Gabrielli (2005 a 2012), nenhuma acusação direta foi feita contra o economista. Esta é a primeira vez citação direta e acontece no momento de maior fragilidade não de Gabrielli, mas de Jaques Wagner que deixará o cargo de ministro assim que Dilma Rousseff for afastada pelo Senado, o que parece inevitável.
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Publicada no dia 3 de maio de 2016, às 19h
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