Política

Paim diz que impeachment é traição depois de “13 anos mamando no governo”

Publicado em 02/05/2016, às 20h13   Eliezer Santos (@eliezer_sj)


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Um dos principais defensores da antecipação de eleições gerais para outubro deste ano, o senador Paulo Paim (PT-RS) admitiu que o governo petista demorou para reagir à crise política, mas acusou os partidos da base de isentaram-se da responsabilidade, ao passo que já costuravam o processo de impeachment.

“Já devia ter feito lá atrás por parte dos partidos que estão no governo. O governo não é só do PT. Faltou isso porque estavam conspirando a derrubada dela. Fizeram isso depois de 13 anos mamando no governo. O mundo político falhou. Não dá para condenar somente a presidente. Não tivemos competência para apontar um caminho antes para o país”, reconheceu em entrevista ao programa Se Liga Bocão, da Rádio Itapoan FM, na noite desta segunda-feira (2).

“Estou muito preocupado, estamos entregando o país ao maior perigo. Uma gang poderá tirar a presidente eleita pelo voto popular. Seria melhor irmos paras as eleições. É a única saída para conciliar o país”, completou.

Apesar da possível queda do governo e do envolvimento de diversos quadros petistas nos escândalos de corrupção, Paim acredita na continuidade ideológica e reestruturação da legenda. “O PT tem milhões de militantes que não têm nada a ver com os erros do governo. Vamos apostar em novas lideranças, que não tenham nada a ver com aquilo que alguns cometeram irresponsavelmente e feriram a imagem da sigla”.

Paim minimizou a expectativa em torno do nome do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva para futuras eleições e se mostrou preocupado em “moralizar” o processo eleitoral do país. “Homens para governar sob as leis e não para governar as leis”, sugeriu.

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