Política

Investigações da Lava-Jato miram Geddel e Henrique Alves

Publicado em 26/04/2016, às 08h41   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato estão investigando aliados do vice-presidente Michel Temer, como os ex-ministros do Turismo Henrique Eduardo Alves (que já foi alvo de mandado de busca e apreensão) e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, conforme informações do jornal O Globo.

A força-tarefa em Curitiba tem em mãos relatórios com as trocas de mensagens entre o ex-ministro do Turismo e executivos da construtora OAS. Pelo teor das mensagens, Alves promete favores à empresa em tribunais de contas. Os torpedos registram pedidos de doações a Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira. Henrique Alves foi derrotado na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte em 2014.

O caso de Geddel é semelhante. A força-tarefa em Curitiba também analisa a troca de mensagens entre ele e Léo Pinheiro. Segundo O Globo, o peemedebista atuou na Caixa Econômica Federal, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e na prefeitura de Salvador para atender a interesses da OAS. Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica na Caixa. Além do lobby no governo, Geddel pediu recursos à empreiteira para campanhas de aliados na Bahia e para sua candidatura derrotada ao Senado em 2014.

Ainda segundo a publicação, os investigadores já trabalham com a hipótese de que Geddel e Alves virem ministros num governo do PMDB. Assim, retomariam o foro privilegiado e passariam para a esfera do Supremo Tribunal Federal (STF) saindo da alçada do juiz Sérgio Moro.

Caso o deslocamento ocorra, Alves e Geddel se somarão a três alvos centrais da Lava-Jato, também próximos a Temer. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que réu numa ação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de desvios da Petrobras; o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que é investigado no inquérito que apura formação de quadrilha e num segundo procedimento no STF; e o senador Valdir Raupp (PMDB-RR) que também é investigado por formação de quadrilha e alvo de um segundo inquérito.

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