Política

Vice-presidente da Câmara limita investigações e beneficia Cunha

Publicado em 19/04/2016, às 17h37   Redação Bocão News (@bocaonews)


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O vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), estabeleceu duras limitações às investigações de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Casa. A decisão foi lida no plenário da Câmara dos Depurados nesta terça-feira (19). Na prática, de acordo com a Folha, Waldir deu um passo decisivo para uma "pizza" no colegiado. Na votação do impeachment de Dilma Rousseff, Maranhão afirmou que mantinha a lealdade ao presidente da Câmara. Foi dele a decisão de anular o primeiro relatório do Conselho contrário a Cunha.

Na decisão desta terça, Maranhão proíbe que o Conselho investigue e use como prova contra Cunha qualquer documento ou depoimento que não diga respeito à suspeita de que ele mentiu à CPI da Petrobras em março de 2015. Na ocasião, ele negou ter contas no exterior. Ao aprovar a continuidade do processo contra Cunha, o Conselho de Ética retirou, por pressão dos aliados de Cunha, a acusação de que ele recebera propina. Ficou apenas a acusação sobre a mentira na CPI. O Conselho, porém, deixou claro que iria usar toda a investigação da Lava Jato no seu relatório final. É isso que Maranhão proíbe. Ele diz que se qualquer prova adicional à acusação de mentir à CPI for usada no relatório, ele será considerado nulo.

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