O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Pedro Lino, reclamou da falta de holofote do julgamento do caso Arena Fonte Nova em comparação a apreciação das contas da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
De acordo com a coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, Pedro Lino ficou chateado com a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) que se solidarizou com o ministro do TCU, Augusto Nardes, quando o governo através da Advocacia Geral da União (AGU) pediu a suspeição dele como relator das contas de Dilma, mas Atricon negou-lhe apoio similar em setembro, quando a Procuradoria Geral do Estado (PGE) pediu a suspeição dele no julgamento da PPP da Fonte Nova. “Entendo. Lá tem holofote. Aqui na nossa desimportante província, não”, reclamou Pedro Lino.
Caso
Em agosto, Pedro Lino indicou, em seu voto, ter ocorrido supostas distorções no contrato firmado entre o governo baiano e a Fonte Nova Participação (FNP) para a construção da Arena Fonte Novo.
O conselheiro propôs a suspensão dos repasses anuais do governo da ordem de R$ 99 milhões para a FNP e que esse valor fosse reduzido para R$ 82 milhões como recomendou a Controladoria Geral da União (CGU) e professores da Faculdade de Economia e Ciências Contábeis da Ufba. Após o voto de Pedro Lino, que é relator do caso, a PGE pediu a suspeição dele. O pedido foi encaminhado ao Ministério Púbico de Contas que até hoje não se pronunciou sobre a suspeição de Lino no caso Fonte Nova.
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Publicada no dia 9 de outubro de 2015, às 15h
