Política

Lava Jato pode acabar com políticos presos e empresários fora da cadeia

Publicado em 24/09/2015, às 06h31   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A adesão da Andrade Gutierrez (AG) a acordo de delação premiada e leniência tem uma meta, além de permitir à empresa seguir fazendo negócios com governos: blindar os acionistas da companhia de qualquer ação criminal futura, de acordo com informações publicadas pela colunista Mônica Bergamo.
Ainda segundo a publicação, o modelo almejado é o mesmo que foi formatado no acordo de leniência da empreiteira Camargo Correa. A AG nega que a empresa esteja estudando a possibilidade de colaborar com a Justiça.
Advogados e juristas familiarizados com o universo das empreiteiras brasileiras acreditam que a delação da Andrade Gutierrez pode ter efeito dominó. Depois dela viriam OAS e, no limite, a Odebrecht.
A colunista afirma ainda que até o momento, a Odebrecht resiste enfaticamente à ideia. Mas, no limite, se veria diante da possibilidade de ser a única a receber punição severa em todo o escândalo, impedida de fazer negócios com a administração pública e com Marcelo Odebrecht condenado a passar alguns anos na cadeia.
Segundo a publicação, caso a delação da Andrade se confirme, empurrando as outras empresas para a colaboração, a Operação Lava Jato se encaminharia para o seguinte desfecho: de um lado, a maioria dos empreiteiros, lobistas e ex-diretores condenados —mas fora da cadeia, em prisão domiciliar. E os políticos presos.

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