Política

Após governo recuar da volta da CPMF, Rui critica tributação de consumo

Publicado em 31/08/2015, às 11h26   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Após o encontro de governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff realizado na última sexta-feira (280, o governador Rui Costa defende que haja maior direcionamento de recursos para a saúde. Na reunião, foi discutida a volta da CPMF, o imposto cobrado sobre movimentação financeira extinto em 2007 e que era destinado à saúde. No entanto, o governo federal já descartou o retorno da alíquota, embora Rui afirme que a opinião geral dos gestores é que se faz necessário mais dinheiro para o setor.

“A discordância é se vai acrescentar mais dinheiro, de onde vem esse recurso. Eu defendi e continuo defendendo que em vez de lançar a forma antes do debate, primeiro chame todo mundo, governadores, prefeitos, senadores, deputados para conversar. Eu sou a favor que esse ano ainda defina isso para entrar no orçamento de 2016”, apontou Rui na manhã dessa segunda-feira (31) no Largo do Tanque, onde autorizou o início de obras de contenção de encostas.

O gestor baiano defendeu ainda que os recursos necessários para a saúde sejam redirecionados da arrecadação de impostos já existentes. “Parte dos recursos podem ser de tributos existentes que seriam redirecionados para a área da saúde e outra pode ser alguma mudança na legislação”, sugeriu, para criticar, em seguida, o que chama de injustiça fiscal. “Por exemplo, o Brasil é um país que tem um erro em sua estrutura fiscal. Na maioria dos países capitalistas do mundo, a maior parte da arrecadação do governo vem da renda, da riqueza, e não da tributação do consumo. No Brasil, se faz a maior parte da arrecadação pelo consumo. Quando você faz pelo consumo, se faz uma injustiça fiscal porque o pobre e o rico paga o mesmo imposto. Se em um quilo de feijão eu cobro um tributo, o pobre que compre o quilo de feijão vai pagar o mesmo imposto que o milionário que também comprar. Isso não é justiça fiscal. Por isso, maior parte dos países cobra pouco imposto no consumo e cobra muito imposto na renda. O Brasil faz o inverso. É a hora de começar a mudar isso”, disse o governador.

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