O Palácio do Planalto avalia que houve uma diminuição nas últimas semanas do risco de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o Diário de Poder, até líderes da oposição entendem que a presidente conseguiu algum fôlego nas duas últimas semanas com ações para barrar as movimentações pró-impeachment no Congresso.
"O clima melhorou de forma pontual, houve acenos de setores econômicos que contribuíram, mas quando não é algo natural isso pode voltar mais forte", avaliou o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE).
"Pode até ser que essa sinalização do setor empresarial tenha arrefecido o clima. O que chama atenção neste caso é que se esperava que um governo de esquerda tivesse apoio popular, e não do sistema financeiro", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Desde o início de agosto, a presidente vem intercalando viagens pelo Brasil, reuniões com lideranças partidárias e entrevistas à mídia no intuito de demonstrar ter condições de sair das cordas neste momento de crise política e econômica.
Conforme a publicação, o fato do presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), adversário declarado do Planalto, ter sido denunciado por envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, também contribuiu para diminuir o risco de impeachment.
