Alba: CPI pede investigação de obras atrasadas na Bahia

Os deputados da oposição conseguiram dar entrada na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o atraso de 193 obras no estado, durante o governo Wagner. Foram necessárias 21 assinaturas e a oposição angariou 22.

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De acordo com o proponente, Luciano Simões Filho, é preciso saber para onde foram destinados os recursos que seriam aplicados em cada uma das obras. “São R$ 200 milhões, seis mil pessoas desempregadas e 67 empresas sem receber recursos. De forma irresponsável, o ex-governador Jaques Wagner contratou de diversas obras de interesse público. Deixou de realizar os pagamentos de empenhos para fazer um caixa em uma verdadeira pedalada fiscal”. O parlamentar afirma que há suspeitas de que os recursos foram desviados para o custeio da máquina pública.

Apenas o deputado Vando, do bloco oposicionista, não assinou o requerimento. Quatro da bancada da maioria, ou considerados independentes, concordaram: Alan Sanches, David Rios, Jânio Natal e Robinho foram a favor da CPI. O requerimento será encaminhado à presidência da Casa.

Já o líder do governo, Zé Neto, afirma que não há irregularidades em nenhuma obra. Segundo ele, elas foram paralisadas para reanálise, porque o governo precisa reduzir custos. “Foi exigência do governo e do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Acabamos com a Sucab para reduzir custos. Houve uma reforma e precisamos ser cautelosos. A oposição quer fazer espuma, criar fato. Não há objeto para a criação desta CPI”, argumenta.

De acordo com o petista, das 193 obras paralisadas, 82 já estão empenhadas, 62 estão em vistoria, 53 pendentes de documentação e 31 estão com problemas para redução de custos. As obras, na maioria, são para construção ou reformas de escolas.

Publicada às 20h do dia 4 de agosto