Política

Após ameaças, advogada de delatores da Lava-Jato diz que abandonará a profissão

Publicado em 30/07/2015, às 21h30   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A advogada Beatriz Catta Preta, defensora de nove delatores da Operação Lava-Jato, afirmou, em entrevista ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, que pretende abandonar a profissão por se sentir ameaçada.
"Vou zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos. Decidi encerrar minha carreira na advocacia. Fechei o escritório", afirmou a advogada, em entrevista exibida na noite desta quinta-feira e gravada em São Paulo.
Catta Preta disse que as ameaças contra ela começaram após o consultor Júlio Camargo, em depoimento, afirmar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu pessoalmente a ele US$ 5 milhões em propina. "Sim, vamos dizer que aumentou essa pressão, aumentou essa tentativa de intimidação a mim e a minha família" (após o depoimento de Júlio Camargo).
Sem citar nomes, a advogada disse que não recebeu ameaças diretas. "Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas".
Catta Preta comunicou, na semana passada, ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Federal Criminal do Paraná, que estava deixando os seus clientes. A advogada chegou a ser convocada para depor na CPI da Petrobras, para explicar a origem dos seus honorários. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entendeu a convocação como uma tentativa de intimidação. Hoje, no início da noite, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar para dar à advogada o direito de não responder a perguntas de integrantes da comissão.
De Jornal O Globo

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