Política

Oposição denuncia obras paradas no município de Pedrão

Publicado em 02/07/2015, às 05h43   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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O município de Pedrão, no centro-norte baiano, vive um cenário de abandono, na visão da oposição local. Segundo denúncias chegadas ao Bocão News, há pelo menos oito obras paradas na gestão do prefeito Jacob Pereira da Silva (PDT). Entre as paralisações estão um postos médicos, quadra de esporte, creche, mercado municipal, centro de cultura, além de problemas de apontados pelos oposicionistas como merenda escolar e transporte de estudantes. 
O posto médico na Fazenda Barriguda estava orçado em R$ 119 mil, mas se encontrada parado. Segundo o presidente da Câmara de Pedrão, o vereador Elio Cristo (PTC), aliado do prefeito, os recursos tiveram apenas uma parte liberada pela Caixa Econômica Federal e agora aguarda nova parcela. 
O Mercado Municipal, orçado em R$ 300 mil, teria recebido da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) apenas R$ 100 mil. “A Conder estava repassando, mas é muita burocracia. Teve a primeira liberação, já mediu todo o local lá e agora espera mais R$ 100 mil”, explicou o edil. Segundo o vereador Antônio Fernando (PDT), a empresa teria abandonado o canteiro de obras e a prefeitura é que estaria colocando seus funcionários para tocar a construção. A versão foi contestada pelo presidente do Legislativo. “A empresa está trabalhando normalmente. Teve uma máquina da prefeitura que entrou lá para pegar entulho, apenas isso”, disse Cristo. 
Conhecido como Doquinha, o vereador da oposição procurou a reportagem para denunciar os descasos.
Na lista de obras interrompidas está o Centro Multicultural com valores que chegam a R$ 460 mil. Segundo o vereador governista, os recursos ainda não foram liberados pela União na parceria que previa R$ 112 mil como contrapartida do município. “A prefeitura pagou a primeira parcela de R$ 56 mil e agora está com novo prazo de conclusão que é para o ano que vem”, explicou. 
Além das justificadas pelo vereador da situação, outras obras também são reclamadas por estarem sem conclusão. O posto médico da localidade de Formiga consta no site do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) como finalizada, mas segundo a denúncia do vereador Antônio Fernando, a informação não procede. O legislador foi até o local e fez fotos que foram publicadas nas redes sociais.
Outra obra parada é o Posto de Saúde da Família (PSF) na sede do município com investimento de R$ 400 mil. Com recursos que deveriam ter saído do Ministério da Integração Nacional, a Quadra Poliesportiva também está parada, assim como a creche municipal e a pavimentação da via de acesso da cidade à zona rural conhecida como Ladeira Grande. 
“Essas obras com empresas pequenas que trabalham em cima de repasses não se sustentam. Geralmente são obras que dependem de recursos da Conder, da Caixa Econômica. As empresas pequenas tem poucos recursos, não tem condição de arcar com os custos quando tem atraso no repasse. Isso é até culpa nossa, porque uma empresa, na minha opinião só pegaria uma obra se ela tivesse 25% do recurso em caixa para tocar a obra”, argumentou Elio Cristo (à esquerda na foto).
Antônio Fernando também inclui em sua lista de reclamação da administração da cidade a merenda escolar, que segundo ele, está em falta. “Os alunos são liberados mais cedo porque não tem merenda. Todo mês são pagos entre R$ 30 e 40 mil em merenda escolar”, protesta. A questão de aluguel de ônibus escolares também desperta a indignação do oposicionista. “A prefeitura tem um contrato com a locadora Marionete e paga todo mês a quantia de R$ 60 mil reais pelo uso de três ônibus. O que daria cerca de R$ 20 para cada. Enquanto isso sete ônibus do governo federal são usados no transporte escolar ao mesmo tempo”, pontuou. 
A reportagem tentou falar com a prefeitura, mas as ligações não foram atendidas.

Matéria oriignalmente postada dia 1º

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