Política

Lava Jato: Negromonte “atravessou” acordo e teria recebido mais de R$ 12 milhões

Publicado em 11/05/2015, às 06h16   Redação Bocão News (@bocãonews)


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Em novas informações divulgadas sobre a operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa trouxe detalhes do envolvimento de empresas com a Petrobras. Já o doleiro Alberto Youssef contou a participação do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Mário Negromonte no estado. Durante delação premiada, o doleiro afirmou que o ex-pepista recebeu R$ 12 milhões após ter “atravessado” o ex-deputado federal, José Janene (PP-PR), morto em 2010, no esquema de pagamento de propinas aos políticos do PP. Negromonte ainda teria recebido a propina por meio de um empresário baiano.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, a petroquímica Unipar Carbocloro contratou a empresa de consultoria do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a Projeto, e pago R$ 1,7 milhões. Os pagamento teriam sido feitos quando a Unipar queria se desfazer de uma sociedade com a Petrobras, na empresa Quattor.

A Brasken, braço da Odebrecht, chegou a adquirir participação societária da Unipar na Quattor, em um acordo firmado entre as três empresas em 2010. O valor final de venda da Quattor para a Brasken e a Petrobras foi de R$ 870 milhões.

Dirigentes da Unipar confirmaram a Polícia Federal ter pago R$ 812 mil ao doleiro Alberto Youssef para intermediar negócios e prestação de serviços de consultoria. Admitiram que nenhum serviço foi prestado, mas negaram propina.

A participação de Negromonte no esquema entra quando a Unipar procurou o ex-deputado Janene para obter uma “viabilização de empreendimento” de uma fusão com a Petrobras. Logo, Janene se aproximou do ex-diretor Paulo Roberto Costa. A “comissão” pelo trabalho seria de R$ 18 milhões “a serem pagos a Janene”, disse. No entanto, Negromonte, que era ministro das Cidades, teria “atravessado” o acordo e embolsado R$ 12 milhões. Ainda repassou cerca de R$ 1,5 milhão a Janene.

Janene teria ficado insatisfeito e cobrado diretamente a Unipar, que o repassou mais R$ 9 milhões. No total foram R$ 21 milhões em propina para políticos do PP.

A reportagem do Bocão News tentou contato com o conselheiro, mas os telefones estão desligados.

Publicada no dia 10 de maio de 2015, às 10h

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