Política

Governo recua e votação de reajuste dos servidores é adiada

Publicado em 05/05/2015, às 19h40   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Para evitar a primeira derrota do governo Rui Costa na Casa de Leis da Bahia, o governo recuou da votação do projeto de lei que reajusta o salário dos servidores estaduais, que ocorreria na noite desta terça-feira (5). Após cinco horas de obstrução da oposição, o líder do governo, José Neto (PT), pediu adiamento da votação. A maioria dos deputados governistas não compareceu à votação.

O petista contava com 36 votos favoráveis, o que era perceptível não ocorrer. Com isso, o deputado Paulo Rangel (PT) pediu mais tempo para o debate. O líder governista solicitou questão de ordem, já que nem mesmo a base governista estava presente no plenário. Os opositores, que tinham apresentado emenda para o pagamento de uma única parcela do reajuste, concordaram com o adiamento. Para o parlamentar Adolfo Viana (PSDB), até os governistas não estavam a favor da matéria. “Até eles estão envergonhados com esta proposta”, criticou.

“Se o governo abrir nova mesa de negociação com os servidores, concordamos com a derrubada desta sessão e adiamento da votação”, concordou o líder da oposição Sandro Régis (DEM).

José Neto minimizou a possibilidade da primeira derrota governista e disse ser necessário votar com mais tranquilidade nesta quarta-feira (6). “Fizemos um processo transparente e democrático. Hoje não deu, mas amanhã votaremos com mais tranquilidade”.

Turbulências

As arestas entre o governo e a base aliada ainda não estão totalmente aparadas. Deputados aliados insatifeitos com a condução de cargos pelo governo Rui Costa, deram a resposta na votação desta terça-feira (5). Contando com 41 parlamentares aliados, o líder do governo só conseguiu convencer 36 antes da sessão. No entanto, com o nível elevado de insatisfação dos servidores presentes nas galerias do plenário, os governistas arredaram o pé. A oposição conta com 22 deputados. 

Este já é o segundo projeto retirado da pauta no governo Rui Costa. No mês passado, o governador solicitou a devolução do Projeto de Lei 21.080/2015, primeiro enviado pelo Executivo desde que assumiu e que previa a inscrição de créditos não tributários em dívida ativa do Estado. A proposta pretendia também ter o controle dos mecanismos de cobranças dos títulos executivos extrajudiciais titularizados pela Fazenda Pública.

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