Política

Paralisação na Saúde continua até votação de reajuste na Alba

Publicado em 05/05/2015, às 05h54   Juliana Nobre (Twitter:@julianafrnobre)


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Os servidores estaduais da Saúde continuam contrários à proposta do Governo do Estado para reajuste salarial deste ano. A maioria dos sindicatos aceitou o acordo de 6,41% parcelado em duas vezes, uma retroativa a março de 2015 (3,5%) e a outra a ser quitada em novembro (2,91%). Contudo, os profissionais da Saúde vão ocupar a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta terça-feira (5), quando ocorre a votação do projeto. A paralisação dos profissionais continua até votação do projeto. 

A presidente do Sindisaúde, Inalba Fontenelle, afirma que o governo estadual tem descumprido a lei em não conceder o reajuste na data-base, no mês de janeiro. A sindicalista ainda aponta que 30 mil servidores, em sua maioria da Saúde, continuarão a receber menos que o salário mínimo, de R$ 788.

Os profissionais realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (4). Um cortejo-fúnebre na Avenida Sete de Setembro, em Salvador, marcou o protesto. De acordo com a presidente, os servidores não pararam atividades de urgência e emergência. “Tivemos a sensibilidade de não radicalizar. Mas contamos com a sensibilidade dos deputados em reformular a matéria”, afirma.

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) cobrou sensibilidade do governo do estado para a questão. “É necessária uma maior atenção à Saúde. Há uma insatisfação geral, tanto na cpaital quando no interior. O plano de carreira precisa ser fortalecido. Esperamos que o governo tenha sensibilidade para atender as reivindicações”, diz.

A presidente do sindicato ainda pontuou a necessidade de melhorias na área, que é uma das mais cobradas pela população baiana. “Temos a questão do tíquete-refeição que há sete anos não há aumento. Recebemos apenas dez reais por dia. Ainda a questão da URV que ninguém senta para conversar”, reclama.

As conversas com os deputados continuam amanhã. Opositores já sinalizaram apoio à proposta de reajuste retroativo à janeiro de uma só vez. Governistas não se posicionaram. Os parlamentares devem indicar emendas à matéria até amanhã.

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Publicad no dia 4 de maio de 2015, ás 17h

Classificação Indicativa: Livre

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