Em entrevista na manhã desta terça-feira (3), a presidente das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), Maria Rita Lopes Pontes, acusou o governo do estado de não pagar o valor de R$ 10,7 milhões, referente ao mês de janeiro. Esse repasse financeiro comprometeria o funcionamento das Osid, que atende cerca de duas mil pessoas por dia somente na unidade que fica no Largo de Roma.As quatro unidades localizadas em Salvador (Hospital São Jorge), Barreiras (Hospital do Oeste), Irecê (Hospital Regional) e Santa Rita de Cássia (Hospital Eurides Sant’anna), além do Complexo Roma, atendem anualmente cerca de quatro milhões de pessoas entre idosos, crianças, pessoas com deficiência e que têm problemas com álcool e drogas.
"O certo seria pagar dentro do mês, não podemos financiar as unidades do estado, deveríamos receber para pagar os funcionários. Vamos conversar com o secretário da Saúde para resolver a questão financeira, temos que enfrentar essa turbulência", disse em conversa com o apresentador Mário Kertész na Rádio Metrópole.
Na oportunidade, o titular da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Fábio Vilas Boas, entrou em contato com a emissora e tentou rebater a acusação. “Nós temos um débito com organização social referente ao passado próximo da ordem de 20 milhões. Nossos repasses estão em dia. A organização foi a primeira a receber o pagamento em fevereiro”, justificou.
O secretário foi logo interrompido pelo apresentador. “Está faltando pagar o mês de janeiro”. E o titular responder: “nós pagamos as obrigações do ano de 2015. Existe um fluxo financeiro que está sendo respeitado. O pagamento de janeiro vai ser pago em março. Nós pagamos tudo. Em nossa planilha não tem nenhum débito de 2015”, garantiu.
No entanto, na entrevista, Vilas-Boas reconhece que existem dívidas da gestão passada. “Temos um débito do ano passado e estamos caminhado para quitar o mais rápido possível”.
Publicada no dia 3 de março de 2015, às 09h36
