Política

Itabuna: Servidores da Dires contestam extinção e querem continuar no município

Publicado em 27/01/2015, às 18h10   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Mesmo com o a afirmação do governador Rui Costa de que os funcionários das extintas Diretorias Regionais de Saúde não serão demitidos, a polêmica causou indignação aos servidores da 7ª diretoria localizada em Itabuna. Com a criação do Núcleo Regional de Saúde, os serviços do município serão transferidos para Ilhéus. Logo, os funcionários não aprovaram a ação da Secretaria de Saúde e encaminharam um o ofício ao gestor da pasta, Fábio Villas Boas.

Para os funcionários, a extinção da diretoria é precoce sem discussão compartilhada que podem ser negativas para a Saúde no estado. No ofício, ainda é apontado o impacto na vida dos trabalhadores com a transferência de local e outros que ainda não sabem seus destinos.

“Temos uma história ativa na Saúde Pública do nosso Estado e sempre exercemos papel decisivo na implantação das políticas públicas de saúde estaduais e federais seja no controle de epidemias, endemias, distribuição de medicamentos e vacinas, ações de vigilância sanitária nos serviços de média e alta complexidade sempre apoiando os municípios e não sobrepondo papéis, como alguns equivocadamente acreditam, mas, em defesa da regionalização e fortalecimento do SUS”, informa trecho do ofício.

De acordo com os servidores, a mudança de local e a proposta de “centralização contraria os princípios do SUS e que, de certo exercerá um impacto negativo na Saúde da população baiana e na atual gestão, levando em consideração que o processo de desmonte de órgãos públicos (no nosso caso as DIRES), para fins de enxugamento da máquina administrativa, é um fator preponderante no desempenho insuficiente das políticas de prevenção e controle de agravos, bem como promoção à saúde”.

Ao final da carta é solicitada ao secretário a revisão da medida, ampliação da quantidade de núcleos e manutenção das atividades técnicas antes desenvolvidas pelos profissionais.

Sem demissões

A Secretaria de Saúde do Estado voltou a afirmar que os quase 2 mil profissionais não serão demitidos. Estes serão convidados a trabalharem em outros municípios ou postos de trabalho na cidade de origem. Para os estatutários, a assessoria de comunicação garantiu que há locais para todos. Já os contratados terão o prazo estipulado cumprido. Caso neguem a saída do município, cada profissional terá seu caso negociado com a secretaria. A Sesab não soube informar quanto tempo levará para relotar todos os profissionais, mas reforçou que não haverá demissão.

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