Justiça

Morte de Celso Daniel, que beneficiaria o PT, pode continuar sem desfecho

Publicado em 21/12/2014, às 16h04   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Apontado como o participante na morte do ex-prefeito de Santo André, em São Paulo, Celso Daniel (PT), o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e ex-segurança do petista, pode voltar aos tribunais. Quase treze anos depois do assassinato, o processo voltou à estaca zero. O julgamento de ‘Sombra’ deveria acontecer no primeiro semestre de 2015, mas o Supremo Tribunal Federal decidiu que o caso terá de ser refeito.

O STF apontou para um erro formal ocorrido há quase uma década e que mudará as investigações. O advogado de Sombra argumentou que não teve o direito de ouvir outros réus na fase dos interrogatórios, no inicio do processo. Com a defesa tendo razão tudo pode ser anulado e as investigações se iniciarem novamente. A decisão do Supremo deve adiar o julgamento do único acusado de ser o mandante do crime. Com isso, na melhor das hipóteses, Sombra deve ir à júri popular apenas em 2020, próximo do prazo de prescrição do crime, em 2013.

A morte do ex-prefeito assombra principalmente o Partido dos Trabalhadores (PT). As investigações da polícia apontam para um crime comum, mas o Ministério Público apurou que o petista foi morto por conhecer sobre um esquema de corrupção instalado na prefeitura que beneficiava as contas de campanhas do partido.

Um dos promotores do caso, Roberto Wider, esperava que o julgamento de Sombra pudesse entregar outros envolvidos, mas com o adiamento, o caso pode não ter desfecho algum.

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