Com sete votos sim e seis votos nulos, a Câmara de Vereadores de Amargosa manteve, na tarde desta quinta-feira (27), a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios pela rejeição das contas do ex-prefeito, Valmir Sampaio(PT).
A sessão ordinária que começou no meio da tarde e varou pela noite, foi marcada por estratégias de dois grupos políticos. A bancada de oposição, que hoje contabilizou seis vereadores, decidiu por “votar nulo para assegurar que o grupo apoiador do ex-prefeito, não conseguisse nova manobra para favorecer a Valmir Sampaio”, explicou o vereador Antônio Clovis, ao acusar que a cédula de votação não apresentava “clareza” quanto ao resultado da votação.
Duas frases simples, "sim" e "não" estavam impressas nas cédulas. No entender dos vereadores que votaram nulo, uma mensagem subliminar, que daria margem a interpretação dúbia ao final da votação. Não clareza quanto ao entendimento de se uma resposta ou outra era para acatar ou rejeitar o parecer do TCM. Na sessão foi sugerida a inclusão deste esclarecimento, mas a mesa diretora não aceitou. Votamos nulo para evitar mais uma articulação do ex-gestor, informou José Vaz, outro vereador que optou pela nulidade.
Para reverter o parecer do Tribunal de Contas, o ex-prefeito precisaria de 2/3 da câmara, 9 dos 13 votos. Curiosamente ele teve o apoio de antigos opositores, como o presidente da Câmara, Marcos Paulo Andrade, que apresentou uma série de denúncias contra o ex-gestor. Mas com sete votos fica mantida a decisão da rejeição das contas e a cassação dos direitos políticos de Valmir Sampaio por 8 anos.
A decisão de votar nulo foi uma estratégia para evitar brechas e evitar que o ex-gestor recorra na justiça contra a rejeição das contas.
