No primeiro debate sobre as eleições para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), nesta quinta (27) na Itapoan FM, os deputados Sargento Isidório e Rosemberg Pinto criticaram duramente a candidatura de reeleição do atual presidente Marcelo Nilo, defenderam alternância de poder e apontaram até pela inconstitucionalidade da iniciativa do pedetista que tenta chegar ao quinto mandato.
"Não sou candidato à reeleição. É um novo mandato", rebateu Nilo ao destacar que 51 dos 63 deputados já assinaram a lista de apoio à sua candidatura. "Ele pede alternância de poder na Alba, mas para o governo da Bahia e na presidência da República ele defendeu a continuidade", declarou Marcelo Nilo com o candidato do PT, Rosemberg Pinto.
Se não for pelo viés jurídico, o deputado Isidório afirma que "não é etico a perpetuação do poder. É preciso oxigenar a Casa para que todos sejam tratados com igualdade", defendeu o pastor, que acredita em um novo milagre para chegar ao comando da Alba.
Nilo disse que já tentou votar um projeto pelo fim da reeleição, mas na época o deputado Rosemberg Pinto pediu questão de ordem e impediu a apreciação. O petista negou que tenha barrado a medida: "se o senhor entendesse dessa forma não estaria aqui tentando se reeleger, esse tempo demasiado leva à centralização".
O atual presidente da Casa ainda desdenhou dos oponentes afirmando que "se vocês tiverem lista de apoio com 30 assinaturas, eu retiro minha candidatura". Isidório e Rosemberg disseram que os deputados assinam a lista por constrangimento. "Se eu sentar na cadeira, a lista muda", provocou Sargento Isidório, que disse que às vezes é melhor ser presidente da Alba do que governador da Bahia.
"A candidaduta de Nilo fere a constituição da Bahia. Eu não preciso de lista, no dia 2 de fevereiro teremos um resultado surpreendente. Eu vou mostrar que ele está equivocado sobre essa eleição antecipada. A campanha está apenas começando", finalizou Rosemberg.
Publicada no dia 27 de novembro de 2014, às 19h15
