Política

Líderes das maiores economias do mundo se reúnem em Brisbane, na Autrália

Publicado em 15/11/2014, às 09h54   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Chefes de Estado e de Governo dos países que integram o G20 - grupo que reúne os líderes das maiores economias do mundo e a União Europeia - se encontram, neste momento, em uma reunião privada no plenário do Parlamento de Queensland, em Brisbane, na Austrália, para o primeiro evento da 9ª Cúpula.

Com a diferença de doze horas em relação ao horário de Brasília a primeira rodada de conversas reservadas começou por volta das 10h de hoje (15). Um pouco antes, os chefes de Estado dos cinco países que compõem o Brics, estiveram reunidos. No encontro, Dilma mencionou as dificuldades da conjuntura internacional, afirmando que o quadro econômico mundial não avançou muito desde julho último.

“Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial”, disse, acrescentando mais: “Em meio às dificuldades da conjuntura internacional, foi fundamental que, em nosso último encontro, no Brasil, tivéssemos aprovado a criação de dois importantes instrumentos – o Banco de Desenvolvimento do Brics e o Acordo Contingente de Reservas -, para potencializar nossa atuação econômica e financeira”.

O encontro com os presidentes da Rússia, Índia, China e África do Sul ocorreu no Hotel Royal on the Park. O mesmo hotel onde a presidenta Dilma Rousseff está hospedada e recebeu nesta sexta-feira (14) o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu. Reuniões de grupos e bilaterais à margem da programação oficial do evento costumam ser comuns na Cúpula do G20, desde o primeiro encontro, em 2008, nos Estados Unidos. A previsão mais atualizada é que Dilma encontre-se separadamente com os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da China, Xi, Jinping.

Após um dia majoritariamente de reuniões com ministros e assessores que a acompanham, Dilma cumpre neste sábado, agenda com várias formalidades do evento. Ela discursa na primeira sessão plenária da Cúpula, marcada para as 15h15, horário local, após participar de almoço oferecido a todos os chefes de Estado pelo primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e de uma cerimônia aborígene de boas-vindas ao país anfitrião. Mais tarde, estão previstas a fotografia oficial, uma recepção promovida por Abbott, um jantar de trabalho dos chefes de Estado e uma apresentação cultural.

Com a meta de implementar medidas adicionais que acelerem a economia mundial, de modo achegar em 2018 com incremento de 2 pontos percentuais no crescimento global, os líderes do G20 serão convidados a apresentar resultados do que já fizeram até o momento. Dentre as mais de 900 propostas feitas por todos os países, o Brasil deve apresentar os investimentos emparceria com o setor privado na melhoria de rodovias, ferrovias, aeroportos e portos.

Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 60% da população do planeta. Além da infraestrutura, a regulação financeira e a troca automática de informações tributárias são temas que foram debatidos ao longo do ano em diversas reuniões entre representantes dos membros do G20, e que terão seu desfecho nesta cúpula. Um dos tópicos deve tratar da melhoria da capacidade dos grandes bancos de absorver perdas caso tenham problemas e fiquem à beira da falência.

A questão da eficiência energética e a participação de jovens e mulheres no mercado de trabalho também são assuntos que deverão ser discutidos. Os governantes desejam estipular, por exemplo, o compromisso de reduzir em 25%, até 2025, a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho, incentivando assim uma maior participação feminina em atividades produtivas.(ABr)

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