Política

Contratos de empresa da família Prates foi motivo de agressão entre vereadores

Imagem Contratos de empresa da família Prates foi motivo de agressão entre vereadores
Léo Prates e Marcell Moares voltam a se agredir durante sessão plenária na Câmara de Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/11/2014, às 19h34   Juliana Nobre


FacebookTwitterWhatsApp

A casa do debate virou a casa da agressão nesta semana. De troca de acusações até as vias de fato, quem esteve na Câmara de Vereadores de Salvador, nesta quarta-feira (12), viu aqueles que os representa protagonizarem cenas de agressão. O líder do DEM, Leo Prates e o deputado estadual eleito pelo PV, Marcell Moraes, não se contiveram e se estranharam após questionamentos que envolvem a família do demista e a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

Desde terça-feira (11), o clima anda quente entre os dois. Tudo inicia pela disputa da comissão mais importante do Legislativo. Léo Prates já se articulava para sua indicação ao cargo, porém, teria usados métodos, considerados agressivos pelos edis, depreciando o trabalho do atual presidente Kiki Bispo (PTN). O vice-líder do governo nega qualquer intenção.

Em conversa com a reportagem do Bocão News, após os ânimos acalmarem, o vereador Marcell Moraes contou o que realmente motivou a agressão. “Fiz um pronunciamento duro hoje questionando a empresa Metro, que é do primo de Leo Prates e presta serviços para a prefeitura, recebendo 120 milhões este ano. Apenas questionei porque achei estranho, mas ele saiu do âmbito da discussão política e foi para o lado pessoal”, disse o verde.

Segundo o parlamentar, Léo Prates iniciou a confusão. “Ele bateu no microfone como se fosse arremessar em mim, mas não me atingiu. Eu pegue as pastas que estavam as denúncias e joguei no peito e disse: ‘tome aqui as denúncias’. Ele jogou as pastas novamente em mim. Isso é lastimável”, contou. O verde disse que denunciou o ato à comissão de ética da Câmara.

Sem papas na língua, Moraes ainda chamou o colega de desequilibrado. “Todo mundo aqui sabe quem é Léo Prates. Ele quer derrubar todo mundo, desmerecendo o trabalho de Claudio Tinoco, de Kiki Bispo, de Joceval Rodrigues. Ele quer o tempo todo se aparecer, falar de tudo. Ele quer ter o brilho apagando o dos outros. Este é o histórico dele, de uma pessoa que não tem postura e equilíbrio para manter um cargo que tem no governo Neto”, criticou.

Bastante abalado com a confusão, Leo Prates explicou a participação da empresa de seu primo nas licitações da prefeitura de Salvador. “A empresa do meu primo participação legalmente das licitações, sem dispensa de licitação. Eu escolhi a vida públicas, mas tenho 22 primos engenheiros e não posso impedi-los de trabalhar em qualquer ramo. Não sou membro do Executivo municipal, estadual ou federal. Só acho estranho a colocação de Marcell Moraes que foi gestor do Parque Metropolitano de Pituaçu entre 2006 e 2008 e trabalhou com essa empresa, inclusive fazendo o contrato com ela”, indagou.

Contratos com a prefeitura

A Metro Engenharia, que tem como diretor o engenheiro Mauro de Oliveira Prates, possui contratos coma prefeitura desde 2013. No diário oficial do município, em julho deste ano, mostram os aditivos de contrato entre a Secretaria Municipal de Educação com a Metro Engenharia em mais de R$ 1 milhão. Já no Portal Transparência da Prefeitura de Salvador, os contratos com a empresa somam mais de R$ 40 milhões.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp