Política

Prefeitura de S.F. do Conde atribui acusações à disputa política

Publicado em 18/02/2016, às 12h07   Redação Bocão News (@bocaonews)


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Prefeito de São Francisco do Conde, Evandro Santos Almeida (PP)
A prefeitura de São Francisco de Conde se manifestou, na manhã desta quinta-feira (18), sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo políticos do Recôncavo baiano.
A gestão municipal atribuiu as acusações à disputa política. “Percebe que está sendo alvejada em decorrência de uma disputa política que ocorre no município de Governador Mangabeira, mas esclarece que nada tem a ver com estas questões, reiterando que está a disposição para quaisquer esclarecimentos a qualquer momento”, afirmou, em nota. 
A prefeitura de S.F. do Conde negou que as empresas citadas na matéria, como a TGE, bem como o escritório de advocacia, tenham “contrato ou são prestadoras de serviço desta instituição”.
No que se refere aos funcionários naturais de Governador Mangabeira, a prefeitura disse que tem “apenas 05 ocupam cargos técnicos [...] e os mesmos foram contratados desde 2009. Ao assumir a gestão municipal em 2014, o prefeito Evandro Almeida os manteve nos respectivos cargos por entender que os mesmos exercem suas funções corretamente”. 
Caso 
Um suposto esquema de corrupção envolvendo políticos do Recôncavo baiano denunciado à Polícia Federal e ao Ministério Público na Bahia cita o deputado federal José Carlos Araújo (PSD), atual presidente do Conselho de Ética da Câmara Federal. A denúncia foi feita por um membro do Grupo de Combate à Corrupção no Município de Governador Mangabeira, identificado como Luciano Reis Santana, e entregue a reportagem do Bocão News pelo presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Edgar Henrique (PEN).
Conforme mostra a denúncia, os suspeitos teriam arquitetado um esquema para desviar cerca de R$ 300 mil mensais, e, ao todo, R$ 10 milhões, dos cofres públicos do município de São Francisco do Conde. O suposto ato tem como objetivo, segundo os acusadores, financiar futuras campanhas políticas do presidente e do atual procurador jurídico da Câmara de São Francisco do Conde, Robson Gomes Portugal (PP), e Marcelo Pedreira, ao cargo de prefeitos de S.F. do Conde e Governador Mangabeira, respectivamente.
O líder da oposição na Câmara de Mangabeira, Albano Fonseca (PDT), também participaria do suposto esquema e seria cotado para o cargo de vice-prefeito na cidade na chapa com Marcelo Pedreira.
Ainda conforme a denúncia, o procurador e o líder da oposição indicariam aliados políticos de Governador Mangabeira para atuar como funcionários “laranjas e fantasmas” na folha de pagamento da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de São Francisco do Conde. Eles ainda disponibilizam “empresas de familiares e amigos” para desviar dinheiro público do município. Os funcionários “laranjas” recebiam altos salários que eram repassados, em sua maioria, para Marcelo Pedreira.
O valor era dividido entre o procurador, Albano, e o prefeito e o presidente do Legislativo Municipal de Conde. O prefeito da cidade é Evandro Santos Almeida (PP), que assumiu após a então prefeita Rilza Valentim morrer, em julho de 2014, vítima de uma embolia pulmonar decorrente de uma anemia falciforme.
Um dos beneficiados no esquema é a mulher do presidente da Câmara de São Francisco do Conde, Carmem Lucia Calmon Portugal, que recebe da Casa quase R$ 15 mil por mês.
A denúncia informa ainda que o suposto esquema de corrupção teria começado com o advogado Milton de Cerqueira Pedreira, que é tio do procurador Marcelo Pedreira, e foi indicado pelo deputado José Carlos Araújo, atual presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.  
Segundo a acusação, Marcelo e Milton foram sócios da filha do deputado, num escritório de advocacia e parte dos recursos desviados pela suposta quadrilha foram para financiar a campanha de José Carlos Araújo, que ganhou repercussão nacional na presidência do Conselho de Ética, que julga o processo de cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).
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