Após o vice-governador e secretário de Planejamento da Bahia, João Leão (PP), ter se
esquivado sobre o prazo para finalização da ponte Salvador-Ilha, o secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster, afirmou que o governo ainda trabalha para formatar uma modelagem econômica capaz de transformar em realidade a nova possibilidade de travessia, orçada em R$ 6 bilhões.
“A gente não faz desenvolvimento regional em cima de ferry boat. Se a gente fizer uma boa modelagem econômica, as chances dela são 70% de sair. Dizer que está ganho, não, não está ganho”, disse Dauster.
Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta-feira (11), Dauster pontuou que 50% desse valor virá de receitas diretas do governo, com parcelas anuais de R$ 100 milhões, e o restante por meio de concessão de pública de 30 anos.
“A 25 quilômetros de Salvador temos municípios com condições absolutamente precárias de abastecimento de água de condições de emprego etc. Nós temos que reverter isso. Temos que trazer para o Recôncavo sul condições de desenvolvimento, gerar emprego, e isso só será possível quando a gente levar atratividade de acesso, transporte e para o outro lado da Bahia”, declarou.
Sobre o andamento das obras da Fiol e Porto Sul, o secretário disse que aguarda a ida do governador Rui Costa à China para captação de recursos.
VLT e Centro de Convenções no Comércio
Já a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que deve substituir os trens do subúrbio ferroviário e se estenderá até o Comércio com ligação com o metrô, Bruno Dauster que o governo já tem as licenças ambientas, a liberação da prefeitura para construção na área do Comércio e que lançará o processo de licitação ainda neste semestre. Ele também acrescentou que os projetos de engenharia e viabilidade estão prontos e que no dia 15 de janeiro apresentou proposta a empresários nacionais e internacionais, para definir se fará uma PPP (Parceria Público-Privada) ou uma concessão. Segundo estimativa dele, o primeiro trecho deve iniciar operação até 2018.
Sobre a construção do Centro de Convenções no Comércio, Dauster disse já ter estudos completos e que há 90% de chance de o empreendimento operar sob o modelo de concessão. A estrutura contará com hotel, estacionamento, restaurantes, área comercial e terá capacidade para reunir 30 mil pessoas. Basta apenas finalizar a negociação do terreno com a Marinha do Brasil e encontrar local para remanejar as atividades militares.
Relacionamento com a prefeitura
Dauster também comentou sobre o relacionamento do governador Rui Costa com o prefeito ACM Neto. “É um comportamento institucional, de forma bastante técnica”. Ele relatou que a orientação dada por Rui no início da gestão foi para “manter relação republicana” com os agentes da prefeitura.
