Política

Casamento após Carnaval: PTB e Nilo "flertam" durante a folia

Publicado em 11/02/2016, às 08h38   Luiz Fernando Lima (twitter @limaluizf)


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Acabou o Carnaval e a engrenagem política volta a girar. Na esteira está, entre outras agendas, o destino partidário do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo. O PSD melou. Sob o comando de Otto Alencar dificilmente Nilo conseguiria coordenar os trabalhos da forma desejada. 
O PSL apareceu como uma solução para o presidente do Legislativo estadual. Levaria com ele entre seis e sete outros deputados estaduais formando a segunda ou terceira maior bancada na Assembleia Legislativa. O status político na mesa de negociação com o governo estadual cresceria sensivelmente, contudo, o partido não tem deputado federal na Bahia e, portanto, não tem tempo de televisão e rádio no horário eleitoral. Uma falta de capital que não pode ser ignorada.
Eis que entre as discussões exarcebadas em relação à exclusividade ou não do comércio de bebidas no Carnaval uma costura foi iniciada em outra área. O PTB que tem dois deptuados federais pela Bahia (Antônio Brito e Benito Gama), além de presença marcante em Salvador com o vereador Edvaldo Brito surgiu como solução para Nilo.
O partido é aliado de Rui Costa no estado. Nacionalmente, a bancada da Câmara dos Deputados está com Dilma, mas não há unanimidade. O problema maior do PTB na Bahia é que o partido não tem nenhum deputado estadual. Tem dificuldade de negociar espaço e participação na gestão de Rui Costa por conta disso e é nesse cenário que a junção do presidente da AL com a legenda parece ser o casamento perfeito. 
Antônio Brito e Marcelo Nilo conversaram durante a folia. Agora, as peças estão na mesa e o "ano político" já começou. No início de março abre a tão esperada janela para migração partidária e é neste período que as mudanças serão anunciadas e homologadas.

Publicada originalmente às 14h30 do dia 10 de fevereiro

Classificação Indicativa: Livre

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