Política

Conselho de Ética: primeiros deputados defendem continuidade de processo

Publicado em 01/12/2015, às 17h13   Tamirys Machado (Twiter: @tamirysmachado7)


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Alguns deputados já explanaram qual será seu voto em relação a continuidade ou não do processo contra o presidente Eduardo Cunha (PDMB-RJ), julgado por quebra de decoro parlamentar. Durante a reunião que está acontecendo no Conselho de Ética da Câmara, até o momento, todos os seis deputados que usaram o tempo regimental de 15 minutos para explanação, se manifestaram a favor da continuidade do processo contra Cunha. O presidente é acusado de mentir no processo da Lava Jato, que investiga corrupção e lavagem e dinheiro, ao afirmar que não tinha contas na Suíça. 
A deputada Eliziane Gama (REDE-MA) disse que os membros do Conselho não podem “ir na contramão do sentimento popular”. “Não podemos ir contra o anseio da população de dar um basta na corrupção deste país. Se o presidente Cunha não tem a dignidade e a grandeza de renunciar o cargo de presidente desta Casa, a responsabilidade cabe a nós, e não podemos nos furtar dessa nobre responsabilidade”, disse, enfaticamente.
Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a denúncia do Ministério Público contra Cunha foi feita com base em evidências de crime. “A Admissibilidade é absoluta por conta dos indícios que existem nos autos, e de que esta Casa se debruce até mesmo para que se abre o direito à defesa”, pontuou. “Defendo que se abra o processo de impeachment contra o presidente Eduardo Cunha”, finalizou.  
Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) contestou à fala do advogado de Cunha sobre falta de provas para continuidade do processo no conselho. Ele disse que os brasileiros são obrigados, sim, a declarar ganhos no exterior. “O Conselho deixar de analisar a representação com evidencias tão robustas, significa que a Câmara abrirá mão de enfrentar suas próprias mazelas”, disse.
O deputado Nelson Júnior (PSDB-RS) foi mais enfático. “Não posso imaginar que a Câmara diga que não quer investigar denúncias tão graves justamente contra o presidente. Não passa pela minha cabeça que isso passe em branco por esse Conselho. Vamos investigar, vamos dar a oportunidade para Eduardo Cunha apresentar provas e nós julgarmos”. 
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