Política

Após audência pública, vereador cobra do MP desfecho do caso La Vue na Barra

Publicado em 17/11/2015, às 13h54   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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A construção do Edifício La Vue na Ladeira da Barra foi alvo de debate na audiência pública realizada na Câmara de Salvador nessa terça-feira (17), através da Comissão de Defesa dos Direitos do Cidadão, presidida pelo vereador Everaldo Augusto (PCdoB). O encontro também foi pedido pelo vereador Gilmar Santiago (PT). 
O polêmico empreendimento está sendo construído pela empresa Cosbat e é criticado tanto pelos impactos ambientais como pela liberação do alvará emitido pela prefeitura com base em um parecer do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan). O assunto foi levado ao Ministério Público Estadual pela Associação de Amigos e Moradores da Barra (Amabarra) e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O prédio deverá ter 30 andares e 106 metros de altura. 
Segundo o vereador Gilmar Santiago, após a audiência pública, o próximo encaminhamento será cobrar do MP a interrupção da obra e pedir ao Iphan um novo laudo. “O parecer do coordenador contraria outro, de duas técnicas do Escritório Técnico de Licenças e Fiscalização (Etelf), composto por especialistas do Iphan, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e Sucom”, aponta Gilmar, que destaca a declaração das técnicas envolvidas no primeiro parecer do instituto, que argumenta contra a construção. O petista diz que o empreendimento “agride e tira a visibilidade de monumentos e áreas tombadas, a exemplo da Igreja de Santo Antônio, o Cemitério dos Ingleses, além dos fortes de Santo Antônio e Santa Maria”. 
“As obras estão acontecendo e é necessário que o MP defina sua posição final sobre esse processo”, disse o vereador ao Bocão News. 
Presente no encontro, a representante da Secretaria de Urbanismo de Salvador (Sucom), Isaura Andrade, coordenadora de licenciamento na pasta, defendeu que os alvarás são liberados após estudos que verificam elementos como ventilação, luminosidade, entre outros critérios técnicos. 
No entanto, o vice-presidente do Instituto dos Arquitetos da Bahia (IAB), Daniel Colina, destaca que “o projeto do edifício é muito agressivo” para as construções vizinhas ao empreendimento. 
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