Política

Grupo protesta contra Cunha e pautas "conservadoras" do Congresso

Publicado em 15/11/2015, às 17h03   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Estudantes, lideranças partidárias e contrários às pautas ‘conservadoras’ tratadas por parlamentares no Congresso Nacional, se reuniram neste domingo (15), em uma manifestação do Campo Grande ao Farol da Barra. O principal protesto é a derrubada do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas a queixa também é sobre o projeto de lei 5069/13, de autoria do peemedebista, que modifica a lei de atendimento às vítimas de violência sexual, tornando crime a propaganda, o fornecimento e a indução ao aborto e a métodos abortivos. 

Cerca de 150 pessoas fazem a caminhada com faixas que pedem o arquivamento da matéria. Atualmente, a lei já prevê pena de prisão para dois envolvidos diretamente no aborto: a gestante e quem fazer manobras abortivas. Na nova matéria haverá previsão de penas específicas para quem também induzir, instigar ou auxiliar a gestante a abortar. Se a indução ao aborto for praticada por agente de serviço público de saúde ou por quem exerce a profissão de médico, farmacêutico ou enfermeiro, a pena será de um a três anos de detenção.

Ao Bocão News, a presidente da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres, Gabriela Mota, de 22 anos, disse que o projeto é “um ataque aos direitos das mulheres, ao corpo e à saúde”. “Ainda exigimos que Eduardo Cunha seja julgado e punido por todos os crimes que cometeu”, acrescentou.

Para a estudante, apesar de um número pequeno de manifestantes, é preciso, cada vez mais, mobilizar. “Ele [Eduardo Cunha] tem feito crimes á população como o Estatuto da Família, esse projeto de que pune ainda mais quem comete o aborto e a toda população LGBT. Não podemos nos calar diante desses ataques e vamos seguir realizando mais mobilizações para que um dia algo possa mudar nesse País”, reforça.

Larissa Moraes, líder LGBT do PMDB na Bahia também participou do evento contra o correligionário. "Essa manifestação foi à forma que encontramos para que nossas vozes sejam ouvidas. Não podemos deixar que o senhor Eduardo Cunha, exemplo do fascismo, inimigo das mulheres e das minorias, continue presidente da Câmera. Nós, mulheres livres, autônomas sobre nossos corpos, vamos continuar lutando por nossos direitos. Não será esse deputado, proponente de projetos considerados machistas e LGBTfóbicos que ira me calar", disse.

Lideranças do PSTU e do Psol também acompanharam o protesto.

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