Política

Solla diz que DEM e PSDB precisam pedir desculpas por sustentar Cunha

Publicado em 15/10/2015, às 06h19   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O deputado Jorge Solla (PT) subiu na tribuna da Câmara Federal para cobrar do DEM e do PSDB desculpas por “sustentar” o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), acusado de receber propina desviada da Petrobras e enviar para contas em bancos suíços. Cunha foi denunciado no Conselho de Ética. DEM e PSDB, maiores partidos da oposição, não assinaram o pedido.

“Os partidos de oposição, junto com o PMDB, elegeram, sustentaram e sustentam um corrupto na presidência desta Casa. E não foi por acaso. Fizeram conscientes. Fizeram com o único e exclusivo de criar uma instabilidade política, de fazer o quanto pior melhor para eles, de fazer oposição ao Brasil, criar dificuldades e tentar viabilizar o impeachment”, discursou Solla, nesta terça-feira (13).

Para o parlamentar baiano, a "cumplicidade e conivência" dos oposicionistas ao governo petista buscam apenas tirar a presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo. “Quero ver a cara de pau dos líderes da oposição de chegar nessa tribuna e dizer que não vão cassar Eduardo Cunha, que roubou, que está dinheiro em contas na Suíça, e vão querer caçar a presidente porque pagou os compromissos com a população mais pobre. Desviar dinheiro para pagar as contas da esposa de Eduardo Cunha pode. Isso não é crime. Agora, pagar o Bolsa Família é motivo de impeachment. Me poupem, senhores. Isso é muito mau-caratismo”, atacou Solla.

O deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), braço direito de Eduardo Cunha, saiu em defesa do presidente da Câmara na manhã desta quarta-feira (14), em entrevista a Zé Eduardo, na Rádio Metrópole. “Isso é um jogo para desviar a atenção. Quem tem que dar satisfação sobre a vida de Eduardo Cunha é Eduardo Cunha. Estarei aguardando as provas pelo benefício da dúvida. E já disse: na hora que as provas efetivamente aparecerem, serei o primeiro a dizer que não tem condições”, disse o peemedebista.

Para Lúcio, a defesa do que chamou de "irresponsabilidades fiscais" não tem como ser justificadas pelos defensores da mandatária brasileira. "Quando ele fala que usou [recursos] para aumentar o Bolsa Família, mas foi também para aumentar Pronatec, do Fies, fazendo política, e esse é o problema do Brasil. Que usa programas sociais como programas eleitoreiros. Essas pedaladas fiscais que ele fala foram feitas em 2014, ano eleitoral, e foi o maior rombo. Não foi uma pedaladinha não: 'estou aqui botando um dinheirinho, pague e eu cubro amanhã não'. Era dinheiro usado nas campanhas políticas”, criticou o parlamentar.

Publicada originalmente às 11h do dia 14 de outubro

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