Política
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Depois de pedir dados de seguidores de Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, o Ministério Público Federal (MPF) garantiu que nenhum deles está sendo investigado, sendo o ex-presidente o único alvo da ação.
O caso investiga uma publicação feita por Bolsonaro, apagada em seguida, em que o ex-presidente ataca o sistema eleitoral, dois dias depois dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Em entrevista à coluna Paulo Capelli, do site Metrópoles, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico, responsável pelo pedido feito ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, disse que investigar seguidores de Bolsonaro apenas por acompanhá-lo nas redes sociais não faz sentido algum.
“Só tem um investigado neste caso: o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. É necessário obter dados a partir de seus seguidores que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão das publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro”, afirmou o subprocurador.
O pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi criticada por aliados do ex-presidente causou grande repercussão no meio bolsonarista. A defesa do ex-presidente chegou a acusar a PGR de realizar um “monitoramento político” de seus seguidores.
“Os seguidores do ex-presidente não estão sendo investigados, sequer expostos, mas se impõe dimensionar o impacto das publicações e o respectivo alcance. Jamais iria investigar milhões de pessoas, seria até impossível fazer isso”, disse Carlos Fredericou.
Ainda segundo o subprocurador, não faz sentido investigar os seguidores de Bolsonaro nas redes sociais. “Entre os seguidores de presidentes da República ou ex-presidentes não estão apenas os admiradores ou aficcionados, pessoas também o seguem por curiosidade, informação, motivação profissional, acadêmica ou interesses diversos”, explicou.
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