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Na Sombra do Poder: o “doido” do pão do interior do Estado

Publicado em 15/06/2017, às 05h30   Editoria de Política


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Doido do pão

Causou alvoroço na cidade de Jacobina a notícia dada pelo BNews sobre a licitação do pão. Caiu como um bomba na cidade! Luciano da Locar (DEM) está com o apelido nas redes sociais de “doido do pão”. O valor da licitação foi de R$ 1,4 milhão. Foi contratado por licitação 40 mil quilos de pães de milho, que a prefeitura pagará R$ 280 mil; para 60 mil quilos de pães de leite, serão pagos R$ 420 mil; enquanto que para 100 mil quilos de pães do tipo francês serão destinados R$ 700 mil. O quilo foi orçado em R$ 7. A vencedora foi a L Bahia Teixeira Soares ME.

Mistérios da Barra

Esta coluna trouxe, com exclusividade, que o ex-executivo da Odebrecht André Vital entregou cinco anexos como prova das irregularidades que narrou terem ocorrido na licitação das obras de requalificação da Barra em Salvador no ano de 2013. Agora, trazemos mais um elemento autoexplicativo do que foi delatado por Vital sobre as obras feitas pela Odebrecht:

Diz que não ligo, mas ligo

A pesquisa Paraná divulgada na semana passada ainda é tratada em conversas políticas na Bahia. Rui Costa garante que o governo não está preocupado com o resultado do recorte atual e que o instituto já provou-se ineficiente tendo em vista os sucessivos erros de tabulação. Dito isso, no Palácio de Ondina, ao menos, um efeito negativo foi avaliado devido ao bom desempenho do prefeito ACM Neto no levantamento. Prefeitos ligados a siglas da oposição que estavam com reuniões marcadas na governadoria desmarcaram. Isso porque na hipótese de a eleição ser acirrada o melhor mesmo é ficar com quem já está, neste caso, pular a cerca é um péssimo negócio.

Eleições

Por falar nisso, em eleição, algumas notas breves merecem atenção:

Lula sendo presidente o cenário baiano é um. Se o ex-presidente não puder se candidatar devido ao impedimento judicial o papo muda, embora nem tanto assim. A diferença é que com Lula, o time dele, ou seja, Rui Costa, pode levar no primeiro turno. Sem ele, a eleição será disputada de forma equilibrada.

Fechando

A chapa de majoritária do governo está praticamente montada como há muito se sabe. Rui Costa na cabeça, Wagner numa vaga do Senado, o atual vice-governador João Leão (PP) na outra vaga do Senado e o presidente da Assembleia Legislativa, Angelo Coronel (PSD) na vice. As peças só mudam se houver algo muito grave no cenário político. O que, convenhamos, tem acontecido toda semana.

Tô fora, tô dentro

Questionado sobre ser vice, Coronel saiu-se com essa: não sou candidato a nada. Oras, como todo mundo sabe, vice no Brasil, até 2016, não era de fato candidato a nada.

E Neto

Do outro lado, o prefeito de Salvador tem duas vagas na majoritária a ser preenchidas: uma vaga para a disputa do Senado e outra para vice. O PMDB baiano desceu ladeira abaixo com os problemas envolvendo Geddel Vieira Lima. O ex-ministro de Temer era o candidato natural do agrupamento ao Senado, não sendo, será difícil encontrar solução “puro sangue”. Já o PRB não jogou a toalha e pretende emplacar um representante para se juntar ao próprio Neto e a Jutahy Magalhães (PSDB) que vai para o Senado também.

A espera

Adolfo Viana, deputado estadual, se confirmada a ida de Jutahy para disputa do Senado, será candidato a federal.

Aprenderam com a história recente

O PMDB mandou recado para o PSDB que, acuado, ficou na base de Temer. Isso porque o processo de cassação de Aécio Neves, senador e cacique dos tucanos, deve ser movimentado no conselho de ética da Casa Alta do Congresso Nacional. Sendo assim, os tucanos adotaram uma estratégia diferente da de Dilma Rousseff e do PT. Decidiram apoiar o atual presidente em troca, entre outras, de não ter o processo contra Aécio levado adiante. Dilma e o PT negaram isso a Cunha e deu no que deu.

Cara nova

Os deputados estaduais, principalmente da oposição, resolveram “dar um voto de confiança” ao presidente da Assembleia, Angelo Coronel. Rui Costa prometeu pagar as emendas impositivas até o final de julho. Este é o prazo que os opositores deram para deixar de criar problemas.

Estratégia

Mesmo topando o acordo com o presidente da Casa, tem deputado de oposição que prefere não receber as emendas. Como confidenciou um à reportagem do BNews pedindo sigilo: primeiro, se recebermos uma ambulância não teríamos como contemplar toda a nossa base e criaríamos um problema. Segundo, se continuar sem pagar a própria base de Rui implode.

Fazendo média

Diante deste cenário conturbado com os deputados estaduais, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, conhecido por “adocicar a boca” dos aliados com seu charme e boa prosa foi dançar um forró na Assembleia. Aproveitou o dia de festa e pulou a fogueira junto com Coronel. Foi voto de confiança. Quem conhece o “Galego” sabe que foi lá cumprir o papel de Relações Institucionais.

Wagner, o retorno?

E o que chamou atenção foi a tietagem em Wagner neste Forró da ALBA. Horas antes do início da festa, deputados confidenciaram ao BNews a vontade de vê-lo mais uma vez candidato a governador, inclusive gente do PT, contudo, indagado, negou ao BNews a possibilidade de fazer a troca: subir pra cabeça de majoritária e Rui descer para candidato ao Senado. Porém, já tem um deputado governista, com pedido de reserva, que começará em breve o movimento pró Wagner. A foto do fotógrafo Vagner Souza do Bocão News foi bem ilustrativa: olha só o dedinho de não...

É esperar para ver...

Seria gula?

O senador Otto Alencar (PSD) está com fama de guloso. Já não bastasse UPB, Assembleia Legislativa e duas importantes secretarias da pasta de Rui, quer a vaga na majoritária que pode ser de Coronel – que não será candidato a reeleição e colocará seu filho no páreo -, vem com dois parentes de peso na eleição do legislativo: depois de Otto Filho pré-candidato a deputado federal, o senador vem com o irmão Eduardo Alencar com vistas na Assembleia Legislativa da Bahia. Tem deputado do PSD doido fazendo as contas nas calculadoras dos votos...

Papel de líder

Voltando a Assembleia, corre nos bastidores que Marcelo Nilo (PSL), ex-presidente da Casa, quer assumir a liderança do governo na Casa. Dizia-se, à época em que era presidente, que Nilo fazia o papel de líder mesmo, no entanto, desde que desceu para a planície tem criado caso em algumas situações e, na avaliação dos próprios colegas, errado a mão. Na última semana concordou com a oposição em algo considerado “besta” na leitura do relatório da LDO. Pegou mal.

Ainda sobre a liderança

Além de Nilo, nos corredores da ALBA também tem corrido dois nomes sobre a corrida sucessória do eterno líder governista Zé Neto (PT): Paulo Rangel e Rosemberg Pinto. Rangel tem ligeira vantagem, mas tem a pecha de ausente. Mas vale lembrar que o presidente Angelo Coronel (PSD), também conhecido como o deputado de Miami, foi alçado a um posto de liderança e tem surpreendido. Cenários para acompanharmos...

Para piorar

Aquela história de Angelo Coronel ser vice de Rui no ano que vem pode piorar a situação de Nilo. Foram duas eleições pleiteando a majoritária sem sucesso e durante o último processo eleitoral chegou a afirmar que precisava ser presidente da Casa novamente para se viabilizar para a chapa. Coronel não apenas o derrotou na Assembleia como também pode impor outra queda. A vida política dá voltas.

Escola Livre do Legislativo

Em Plenário, questionamento de Aladilce Souza (PCdoB) à colega Marta Rodrigues (PT) quanto à aprovação da Escola do Legislativo na Câmara de Salvador: “Será Escola Livre?”. Marta prontamente respondeu: “Sim”. Uma clara provocação ao projeto Escola Sem Partido do vereador Alexandre Aleluia (DEM) ao qual as duas são contrárias.

Diabo corre da cruz

O vice-prefeito e futuro prefeito de Salvador a partir de 2018, caso ACM Neto renuncie para ser candidato a governador, tem corrido de entrevistas como o diabo corre de cruz. Por que será? Tá com medo da pressão ou de escorregar em alguma declaração? No mínimo se preservando de todas as formas para não entrar em polêmicas. Do BNews e do Se Liga Bocão na Itapoan FM foram várias investidas e nada...

Classificação Indicativa: Livre

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