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Na Sombra do Poder: a gafe de Silvio Pinheiro e o prazo apertado para o PDDU

Publicado em 27/08/2015, às 07h00   Editoria de Política (Twitter: @BocaoPolitica)


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Bica ou não bica?
Ao comentar o possível “pé de guerra” com o vereador Geraldo Júnior (SD), noticiado na edição da Coluna Na Sombra do Poder da semana passada, o vice-líder do prefeito na Câmara, Leo Prates (DEM), preferiu colocar panos quentes.  “Vou aproveitar a presença do Bocão News aqui para dizer que Geraldo Júnior é um dos melhores amigos que tenho nesta Casa. A nota da Coluna da Sombra do Poder falou que a gente não se bica. Minha opção sexual me impede de bicar com Geraldo Júnior. Nada contra quem gosta (risos). Mas tenho nele um grande amigo com quem aprendi muito nesta Casa”, brincou.
Atraso no PDDU e na Louos
Se a Prefeitura de Salvador ainda bate o pé firme e garante que encaminhará os projetos do PDDU e da Louos “em meados do mês de setembro”, alguns vereadores da base de ACM Neto duvidam – e muito – do prazo estipulado.  Um dos edis chegou a garantir que se o gestor municipal quiser, de fato, ouvir todas as partes que querem opinar sobre os projetos, não terá tempo hábil para encaminhá-los ao Legislativo em setembro. “Você viu a quantidade de documentos e sugestões que a prefeitura já tem? Se for levar em consideração tudo o que está sendo sugerido é impossível apresentar o projeto na data estipulada”, garantiu o vereador.
Gafe de secretário
Nem só de Célia Sacramento vivem as gafes da administração municipal soteropolitana. Durante a apresentação do Plano Salvador 500, que discutiu o PDDU e a Louos, foi a vez do secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, trocar as bolas e errar o nome do vereador de Salvador, Eliel Souza (PV). “Quero saudar a presença do vereador do PV, Ivanilson Gomes”, disse Pinheiro, que continuou a apresentação sem perceber o erro e, provavelmente, só se dará conta da gafe ao ler esta nota. Em tempo: Ivanilson Gomes, o nome lembrado pelo secretário, é o presidente estadual do PV.
Gafe do secretário II
Procurado pelo Bocão News sobre o esquecimento do secretário Silvio Pinheiro, ainda no evento e um pouco constrangido, Eliel Souza se mostrou pra lá de otimista. “É... ele errou e trocou o meu nome. Vai que ele está tendo uma premonição, né?”. Eliel Souza, que herdou a cadeira de Marcell Moraes, avalia a possibilidade de deixar o PV.  
Troca inesperada
As migrações partidárias na Câmara de Salvador vão sendo desenhadas em conversas fechadas a sete chaves. Ou quase.  Mas, a coluna conseguiu sondar algumas delas e verificou que voos inesperados podem ocorrer. Conhecida por sua fidelidade ao grupo carlista, a vereador Kátia Alves cogita deixar o DEM. O motivo não é nenhuma insatisfação com os colegas, mas se trata de sobrevivência política. A democrata hoje é suplente do vereador licenciado Tiago Correia (PTN) e conseguiu 3,6 mil votos. Se reeleger na legenda seria um desafio e tanto, tendo que competir com correligionários considerados fortes na capital. Apesar da possibilidade de saída, o partido para onde irá ainda é discutido, mas não deixará de ser um próximo ao prefeito ACM Neto.
Asas de fora
Parece que a pomba, símbolo do partido ao qual pertence o vereador Antônio Mário (PSB), o abandonou no curso do recente mandato, que, aparentemente, tinha tudo para ser de paz. Sem revelar ainda para onde deve voar ao desembarcar da sigla socialista – e com possibilidade de perder a cadeira na Câmara – o edil tem sido atacado nas redes sociais desde o início do mês. Acusaram-no de se apropriar de obras de colega de Legislativo, além de forçar ex-assessores a mentir para beneficiá-lo. Houve até quem o chamasse de “mais sujo que pau de galinheiro”. Se o vereador não colocar logo as asinhas de fora, além da tranquilidade, vai ver o milho da política acabar em breve.
Reclama aqui, reclama acolá
Os vereadores da base aliada têm reclamado que o líder da bancada do governo, Joceval Rodrigues (PPS), nunca mais pagou um café da manhã, ou um almoço. O líder, por sua vez, reclama que se tiver que atender todas as demandas da base, ele deixará de cuidar do mandato. Em tempo: Joceval lembra que falta um pouco mais de um ano para a eleição municipal.
Vestindo a camisa I
Antes mesmo do ato de filiação ao PPL, a vice-prefeita Célia Sacramento resolveu defender as cores do seu partido em seus modelitos nos eventos políticos durante a semana. Ao deixar o PV, a vice não deixou de ser verde. Adotou a combinação com o amarelo para todas as horas. A homenagem e a empolgação inicial até que vale, mas esteticamente alguns políticos já sentenciaram: “é muita cor pra um modelito só”.
Vestindo a camisa II
O deputado estadual Alan Sanches já está cumprindo o seu papel contra o governo Rui Costa e está vestindo a camisa na nova fase. Vem fazendo com tão fervor quanto os que já lá estavam desde o início da gestão. Em entrevista ao Bocão News, contou que ao perceber que o governo Rui Costa iria “fazer fumaça”, resolveu pular fora. “É muita fumaça. Um governo de paralisia. Presença não é investimento”. O parlamentar se refere às visitas que o governador Rui Costa vem fazendo às escolas no interior do estado e aos anúncios de obras em encostas em Salvador. 
Imprensa ‘imprensada’
Não é de hoje que a Tribuna de Imprensa da Assembleia Legislativa da Bahia deixou de ser da imprensa. É que o local passou a ser ocupado por assessores parlamentares, visitantes, e na última terça-feira pela ilustre presença da esposa e da mãe do deputado estadual Herzem Gusmão. Nada contra colocar idosas em um local privilegiado para assistir a super concorrida sessão que votaria o reajuste dos servidores do Judiciário, já que as galerias (local reservado para qualquer ser humano assistir às sessões) estava lotada. O problema é a falta de educação de alguns assessores que se acham ‘vice-deputados’. Respeitar o trabalho da imprensa e de qualquer profissional é essencial para a cidadania. Cabe ao comitê de imprensa da Casa fazer uma triagem e um cadastramento dos profissionais. Neste quesito, a Câmara de Salvador é mais organizada. 
PL minando I
Aquela excitação inicial do presidente da Alba, Marcelo Nilo, na criação do Partido Liberal parece estar minando. Depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou a criação do partido é evidente a tristeza do presidente. Anda cabisbaixo pela Casa. Isso porque os deputados estaduais do PDT também já estão se desanimando por dois motivos: o primeiro é o próprio comando do ‘imperador Nilo’, que ditará as regras do jogo político; o segundo é o medo de perderem o mandato, caso a janela partidária não passe no Senado. No entanto, os parlamentares ainda não precisam definir mudança partidária por enquanto. As preocupações serão deixadas para 2017.
PL minando II
Nilo tem que se preocupar mesmo com os 50 prefeitos que gostaria de ter no PL para as eleições no ano que vem. Em breve comentário que fez ao Bocão News, na semana passada, disse que tudo seria resolvido até o dia 10 de setembro. A expectativa da legenda é encaminhar à Justiça Eleitoral as novas assinaturas ainda nesta semana. Os dirigentes nacionais asseguram que o número já ultrapassou os 484 mil necessários, mas querem chegar aos 500 mil para “representar uma quantidade mais simbólica”.
Rota de colisão
Outro incômodo sofrido pelo presidente da Alba, Marcelo Nilo, foi causado pela rejeição da CPI da Wagareza. Com assinaturas suficientes, os deputados oposicionistas não engoliram a objeção e muito menos a justificativa para não criar a comissão, que investigaria as obras atrasadas no governo Wagner. Os opositores prometeram ingressar com mandado de segurança na Justiça e Nilo terá que labutar também com esta ação.
Rindo à toa
Com um sorriso no rosto, o conselheiro do TCE, João Bonfim, fez questão de dizer ao governador Rui Costa (PT), na semana passada, em um evento do centenário da instituição, que será o primeiro relator das contas petista. Por que será?
De olho no Reda do Detran
E já tem deputado de olho nas 75 vagas para cargos de níveis médio e superior abertas pelo Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran).  Os aprovados serão contratados sob o Regime Especial de Direito Administrativo (Reda). O órgão garante que os candidatos serão submetidos a análise curricular e entrevista, mas todo mundo sabe que é um processo em que quem tiver “costas quentes” pode sair com vantagens na disputa pelas vagas.

Classificação Indicativa: Livre

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