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Na Sombra do Poder: PTB desprestigiado, espuma na Câmara e muito mais

Publicado em 26/02/2015, às 09h20   Editoria de Política (Twitter: @BocaoPolitica)


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Desprestígio
A maneira com que o PTB vem sendo tratado pelo governo estadual ajuda a explicar a aproximação com o Democratas. A situação dos funcionários da Sucab, por exemplo, órgão administrado pela legenda e que será extinto, é ilustrativa. À ala do partido que comanda a superintendência, foram oferecidas apenas três cargos na Conder para abrigar todos os funcionários da superintendência. O resto deve ficar a ver navios.
Espuma
Na Câmara Municipal de Salvador só se fala em investigação. Já chegam a cinco os pedidos de comissões especiais de investigação. Para o presidente da Casa, Paulo Câmara, é só espuma. “A Casa não tem condições técnicas para criar tantas CEI´s. Não adianta fazer espuma, tem que decidir o que querem”, pontuou.
Paternidade
Causou ciumeira uma nota enviada pela assessoria do vereador J. Carlos Filho (PT) pedindo intervenções no trânsito do Largo do Luso, em Plataforma. O vereador Palhinha (DEM), que também tem eleitorado no Subúrbio, não gostou nada e foi tirar satisfações com o petista. Palhinha argumentou que essa é uma bandeira dele há mais de 15 anos e que J. Carlos Filho teria que consultá-lo antes de fazer a reivindicação. O detalhe é que o prefeito ACM Neto já teria sinalizado nos bastidores que faria intervenções para a melhoria do trânsito do local. A briga agora é pela paternidade.
Paternidade II
O incômodo de Palhinha, segundo fontes ligadas ao próprio vereador, passa também pela preocupação com as eleições de 2016. Com o ex-deputado J. Carlos como assessor especial do prefeito ACM Neto e com J. Carlos Filho como “pai” das mudanças tão esperadas pelos moradores, Palhinha estaria com medo de perder espaço no eleitorado suburbano para o vereador petista.
Reviravolta
Já reacende pelos corredores da Casa Legislativa soteropolitana os comentários de que os vereadores do PTN declararão apoio novamente ao gestor da capital baiana, ACM Neto. Questionado sobre isso, o vereador Kiki Bispo já mudou o discurso. Passou de “Desconheço” para “Tudo pode acontecer”.
Insatisfação
Apesar de comemorarem, inicialmente, a adesão do PTN à base oposicionista da Câmara, os vereadores contrários a Neto não receberam de braços abertos os peteenistas. O mais criticado pelo tratamento é o recém-líder da oposição, Luiz Carlos Suíca. “Até hoje esperamos ele para nos chamar em uma conversa. Escolheram os cargos das comissões sem o nosso consentimento”, criticou Toinho Carolino. Uma primeira reunião comandada por Suíca já foi realizada, sem a presença do PTN.
Força tarefa
O prefeito ACM Neto montou uma força tarefa, que incluiu o marketing da prefeitura, para tentar fixar nas cabeças das famílias beneficiadas pelo programa ‘Primeiro Passo’ de que os recursos são oriundos dos cofres municipais. As mães que recebem R$ 50 para manter seus filhos nas creches têm agradecido à presidente Dilma pelo benefício, considerado por elas uma espécie de Bolsa Família para os pequenos.
2018 já começou
As articulações de Geddel e ACM Neto merecem ser observadas com vistas a 2018. Em Camaçari, o DEM deve disputar a prefeitura e o nome natural é o vereador Elinaldo (DEM), líder da oposição. Essa é uma das justificativas para empossar Bruno Reis na Semps. Sobe Hérzem Gusmão como primeiro suplente e ganha o PMDB, que dá visibilidade a um nome forte da oposição em Vitória da Conquista no ano que vem.
Plano B
Caso Herzem não consiga assumir, por conta do processo que responde no TRE por propaganda irregular em uma rádio local, sobe Elinaldo e ganha o Democratas. Se o ex-prefeito Luiz Caetano aceitar o convite do PMDB e for para a legenda dos Vieira lima será outro nome forte em Camaçari. Duas grandes cidades comandadas há mais de uma década pelo PT.
Briga de gigantes na OAB
Uma ala tenta unir os grupos de oposição e situação da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil para disputar a eleição da entidade no âmbito nacional. Esta ala acredita que uma vitória fortaleceria a advocacia baiana. Mas, muitos advogados estão céticos com esta união. A divergência ideológica e política entre os grupos é um empecilho.

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