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Na Sombra do Poder

Publicado em 19/02/2015, às 11h32   Editoria de Política (Twitter: @BocaoPolitica)


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A pão e água I
O primeiro dia de Carnaval no Campo Grande foi sacrificante para alguns governistas. No camarote do governo, os garçons só serviam água, enquanto o espaço da prefeitura havia bebidas e comida à vontade. Muitos governistas não aguentaram a situação e deram uma passadinha no camarote de ACM Neto. A situação chegou ‘aos ouvidos’ do cerimonial do governador e os outros cinco dias de folia foram regados de Prosecco, whisky e especiarias baianas.
A pão e água II
Os governistas que chegaram atrasados à cerimônia oficial de abertura demoraram para entender a situação. Um vereador petista ao perceber que todos – situação e oposição – estavam aproveitando as regalias no camarote do prefeito, demonstrou um certo constrangimento em entrar no ninho do gestor municipal. “Quem está aí? Soube que aí está muito melhor”, disse a jornalistas. Depois de ser tranquilizado pelos profissionais das presenças de Rui, secretários e deputados vermelhos no Camarote da Prefeitura, o vereador ganhou confiança e resolveu adentrar o espaço.
Xilique
O presidente da Bahiatursa, Diogo Medrado, teve que conter os ânimos dos mais exaltados organizadores de blocos neste Carnaval. O presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues, protagonizou um desses episódios. João deu um xilique após saber que a empresa repassaria ‘apenas’ R$ 100 mil ao bloco, que ainda tem como patrocinadores a Petrobras e a Coca-Cola. Já outros, não aceitaram a negativa do presidente da Bahiatursa e suplicaram um repasse maior até o último minuto da folia.
Tudo Nosso, Nada Deles I
O prefeito ACM Neto não quis comentar sobre política durante o Carnaval. Afirmou que só falaria sobre após a Quarta-feira de Cinzas. Mas, o que se via e ouvia nas conversas de pé de ouvido eram os acordos para quem faria parte da base do prefeito. O PTB continua sendo o alvo. Enquanto o deputado federal Antônio Brito dizia que o partido não tinha conversado com o gestor soteropolitano, seu pai, o vereador Edvaldo Brito, ia por outro caminho. Disse à reportagem do Bocão News que o caminho para o diálogo estava aberto. Já o prefeito, preferiu limitar-se a dizer que a amizade é forte. “Sou amigo do PTB”.
Tudo Nosso, Nada deles II
Além de agitar os foliões pipoca, a passagem de Igor Kannário sem cordas pelo Campo Grande mexeu também com pessoas públicas no camarote do circuito mais tradicional da folia. Após a apresentação, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) demonstrou surpresa com o tamanho da movimentação popular no desfile do pagodeiro. “Tudo Nosso, Nada Deles. Barril dobrado”, comentou a comunista.
Oposição governista
Duas aliadas do governo do estado ainda não digeriram a reforma administrativa promovida por Rui Costa , em especial a reestruturação das Diretorias Regionais de Saúde (Dires). Fabíola Mansur (PSB), oftalmologista, diz que sua proposta de criação de uma frente parlamentar na Assembleia Legislativa é apenas para acompanhar a reestruturação e ser "mais uma ferramenta de debate". Na Câmara de Salvador, a própria Aladilce Souza engrossou o coro de questionamentos. A comunista é enfermeira, trabalha na área há trinta anos e continua bradando contra a mudança.
Distância estratégica
Muitos estranharam e foram vários os questionamentos sobre o paradeiro do secretário de Educação e ex de Cultura, Guilherme Bellintani. Se ACM Neto estava no sul, Bellintani aparecia ao norte. Não se cruzaram em momento algum nos seis dias de Carnaval. Rugas entre eles foram descartadas.
Socorrista
Ainda sobre o distanciamento, uma fonte palaciana garantiu. “Quando tem qualquer aperto durante o Carnaval, adivinhe para quem a gente liga logo?”, indagou para em seguida responder. “Bellintani, claro. Ele entende como ninguém desse negócio”.
O afastamento, disse, é para descolar a imagem de Bellintani do Carnaval, já que assumiu a Educação, e lançar luz sobre Isaac Edington, que assumiu no seu lugar.

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