Política
Publicado em 30/09/2023, às 10h29 Cadastrado por Edvaldo Sales
Ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier recebeu o apoio de colegas que se formaram com ele em 1976 na Escola Naval. De acordo com a CNN Brasil, em carta que circula entre militares, os militares afirmam que Garnier “enfrenta acusações lançadas ao vento” e dizem “acreditar em sua inocência.”
O tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal (PF) que, após a derrota nas eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os comandantes das Forças para discutir um plano para não deixar o poder. Cid fez uma delação premiada.
Garnier, então comandante da Marinha, teria apoiado o intento e colocado a tropa à disposição. Já o general Freire Gomes, comandante do Exército, teria rejeitado a proposta.
“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça, contradizê-las. Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação grassa solta”, diz o manifesto de nove parágrafos, que teve o conteúdo confirmado à CNN por dois oficiais.
No documento, os colegas de turma de Garnier dizem caber a eles dar “o testemunho sobre a pessoa por trás do título”. Além disso, eles dizem que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido enganar a todos”.
Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido. Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside.”
O grupo conclui dizendo que acredita na inocência de Almir Garnier.
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