Política

Manoel Vitório defende pagamento de precatórios do Fundef sem juros: “É uma questão legal”

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Secretário da Fazenda defendeu o pagamento dos precatórios do Fundef sem juros por parte do governo  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Sindsefaz-BA
Daniela Pereira e Lula Bonfim

por Daniela Pereira e Lula Bonfim

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Publicado em 23/08/2023, às 18h39



O secretário estadual Manoel Vitório, da Fazenda, foi mais um a se manifestar sobre o pagamento das parcelas dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) aos professores da rede de ensino do estado. De acordo com ele, em entrevista nesta terça-feira (22), “é uma questão legal” o não pagamento de juros sobre os valores.


Vitório lembrou que há um parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) que justifica o não pagamento dos juros sobre os valores dos precatórios, que possuem como referência o período entre 1998 e 2006. Além disso, o secretário pontuou que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já decidiu acerca do assunto, dando razão ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT).


“Eu acompanhei algumas dessas questões e, até onde eu sei, tem um parecer da PGE, tem decisão judicial, tem tudo, demonstrando”, disse Vitório.


“O governador não é dono do dinheiro. Ele não pode sair fazendo o que ele quiser. Não é assim. Ele tem as limitações dele. Ele tem que prestar contas aos órgãos de controle. Ele vai responder”, complementou o secretário, antes de sinalizar que o que poderia ser transformado em pagamento de juros será investido na própria área de Educação.


A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) deve decidir nesta quinta-feira (24), a partir das 19h20, sobre o projeto que regulamenta o pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundef.


Dos valores encaminhados pela União para a Bahia, 60% serão destinados aos professores que atuaram na rede estadual de ensino entre 1998 e 2006, conforme determinado por lei nacional. Outros 30% serão transferidos para o magistério em atuação pelo estado em 2023.


As entidades de classe que representam os professores, porém, argumentam que os valores são insuficientes e deveriam ser acrescidos de juros e correção monetária, possibilidade que tem sido rechaçada pelo governo Jerônimo com base em um parecer da PGE.

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