Política

Mais dinheiro? Lula negocia acerto bilionário com Centrão; saiba mais

Ricardo Stuckert / PR
Planalto e Congresso devem acordar envolvendo R$ 2 bilhões para turbinar pastas e órgãos que canalizam emendas  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert / PR

Publicado em 01/09/2023, às 07h23 - Atualizado às 07h46   Cadastrado por Tácio Caldas


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Em meio a uma reforma ministerial, o Palácio do Planalto tem se movimentado para fazer acordos com integrantes do Congresso Nacional. Além da entrada de políticos do Centrão no governo federal, há também a intenção de deixar mais dinheiro nas mãos do centrão.

Os acertos entre as partes envolve mais de R$ 2 bilhões e estão distribuidas em duas partes. Os recursos ficarão entre a destinação de emendas já existentes para os órgãos loteados ao Centrão e as novas cotas do orçamento de ministérios para atender projetos e obras de parlamentares.

De acordo com a Folha, o presidente Lula (PT) acatou o pedido das lideranças da Câmara dos Deputados. Eles tinham o intuito de retirar cerca de R$ 600 milhões do Ministério das Cidades e alocar, por exemplo, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), ambos controlados pelo Centrão. Apesar disso, o Congresso segue pressionando por uma negociação mais ampla.

Nessa negociação, está em jogo algo desejado há muito tempo pelo Centrão: o controle efetivo sobre a liberação de emendas extras. Essas emendas são aquelas distribuídas, por exemplo, ao parlamentares mais próximos dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

Distribuição

Ao que tudo indica, a negociação está caminhando para uma nova versão. Nela, deverão ser retirados cerca de R$ 802 milhões do Ministério das Cidades, de Jader Filho (MDB). Vale lembrar que a pasta vem sendo criticada pelo centrão pela demora em autorizar os repasses a obras e projetos de deputados e senadores.

Outra pasta que deve perder recursos nessas negociações é o Ministério do Desenvolvimento Social. A pasta é comandada por Wellington Dias (PT). O ministério, que no novo acordo pode perder até R$ 44 milhões, já foi, inclusive, pleiteado pelo PP.

Toda essa situação vai contribuir com a destinação de mais de R$ 1 bilhão que deve ser injetado na Codevasf e R$ 80 milhões para o projeto Calha Norte, do Ministério da Defesa. No primeiro caso, a pasta é presidida por Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicado por, Elmar Nascimento (UB), que é aliado de Lira. No segundo caso, o projeto tem o objetivo de proteger as fronteiras do Norte do país.

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