Justiça

Concunhada de Almiro Sena revela à Justiça detalhes dos supostos ataques sexuais

Imagem Concunhada de Almiro Sena revela à Justiça detalhes dos supostos ataques sexuais
Mulher disse que não contou ao marido porque precisava sustentar o filho  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/09/2014, às 10h52   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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O Bocão News teve acesso aos depoimentos das possíveis vítimas que acusam o ex-secretário estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, de assédio moral e sexual. Na denúncia que foi encaminhada pelo Ministério Público do Estado da Bahia ao Tribunal de Justiça, destacam-se os relatos da concunhada do acusado, K.F.V.G. e de mais duas funcionárias da pasta.

De acordo com a acusação, Almiro Sena utilizava o mesmo modus procedendi e da condição de superior hierárquico para intimidar as vítimas.

A concunhada do acusado, que trabalha na Secretaria de Justiça desde março de 2012, relatou que sempre manteve um bom relacionamento familiar com Almiro Sena.

De acordo com o relato, ela começou a ser sistematicamente convocada para reuniões no gabinete do denunciado, desde o início de 2013 até maio de 2014.  “Propunha manter relações sexuais, tentava agarrar-lhe à força, expunha o próprio órgão sexual e masturbava-se na sua frente, chegando, algumas vezes a ejacular nas vestes”, diz a acusação.

A concunhada de Almiro Sena alega que se submeteu aos favores sexuais por todo esse período e sem nada dizer ao esposo porque esteve desempregada por um longo período e tinha um filho pequeno para sustentar.


Outros relatos

Além da concunhada, mais duas vítimas prestam depoimentos no processo encaminhado ao TJ-BA. Em comum nos relatos, a convocação no gabinete de Almiro Sena à portas fechadas, pedidos de favores sexuais e ameaças de exoneração.

A servidora do Procon, órgão vinculado à Secretaria de Justiça, E.M.S., disse que Almiro Sena continuou o assédio, mesmo percebendo que estaria causando constrangimento.



Desde 23 de fevereiro de 2012, S.C.L. trabalha na pasta estadual. Segundo ela, passou a se encontrar no gabinete com o ex-secretário duas vezes por semana para fazer avaliações periódicas. Segundo a denunciante, Almiro Sena começou a coagi-la para que fizesse sexo oral dentro da secretaria e o pedido era obedecido.

Depois de um tempo, ainda de acordo com o depoimento, Almiro Sena, com medo de ser descoberto na secretaria, passou a marcar os encontros em motéis de Salvador.

Segundo S.C.L, nos encontros que aconteceram até maio deste ano, agressões físicas e morais eram constantes.




Nota originalmente postada dia 18

Classificação Indicativa: Livre

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