Justiça

Presos ocupam telhado e trocam ameaças em presídio no RN

Publicado em 16/01/2017, às 11h04   Redação Bocão News


FacebookTwitterWhatsApp

Após a saída da Polícia Militar da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, os presos voltaram a ocupar os telhados dos pavilhões e trocar ameaças entre eles. Conforme o site G1, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) nega que a rebelião tenha sido retomada. O Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) foi acionado. A Polícia Militar deixou a área interna da penitenciária - onde ficam os pavilhões - por volta das 18h de domingo (15), mas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesed), permaneceu na área administrativa durante toda a noite. A tensão acontece após a rebelião que durou pouco mais de 14 horas, terminou na manhã de domingo (15) e deixou 26 mortos.
Ainda segundo o G1, os presos estão em cima dos telhados dos pavilhões com pedras, paus e facas nas mãos e com bandeiras com as siglas de duas facções criminosas. Na Penitenciária de Alcaçuz os presos ficam soltos dentro dos pavilhões porque as grades das celas foram arrancadas em uma rebelião em 2015. A Sejuc informou que a situação está tensa em Alcaçuz, mas que "não se configura uma nova rebelião" e que "hoje será um dia de operações na unidade com os grupos especiais da Sejuc e Sesed, além dos agentes penitenciários". Uma revista para buscar possíveis armas estava marcada para o início da manhã desta segunda-feira (16), mas um motim no Presídio Raimundo Nonato fez com que o Grupo de Operações Especiais (GOE) se deslocasse para aquela unidade e atrasou o início da revista em Alcaçuz.
Rebelião
A Penitenciária de Alcaçuz passou uma rebelião de mais de 14 horas que terminou na manhã deste domingo (15) e deixou 26 mortos. Essa foi a rebelião mais violenta da história do Rio Grande do Norte. A rebelião começou com uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 por volta das 17h de sábado (14). De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro. 
Segundo o governo, a briga estava restrita aos dois pavilhões. O pavilhão 5 é o presídio Rogério Coutinho Madruga, que fica anexo a Alcaçuz. Há separação entre presos de facções criminosas entre os dois presídios.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp