Política

Janja e Michelle Bolsonaro tiveram papel estratégico na eleição de 2022; entenda

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Uma pesquisa mostra como as duas atuaram nas campanhas de Lula e Jair Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Reprodução e Isac Nóbrega/PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 15/07/2023, às 12h16


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O apoio de das primeiras-damas Janja da Silva e Michelle Bolsonaro nas campanhas, respectivamente, de Lula e Jair Bolsonaro, foi um fator decisivo na eleição presidencial do ano passado. É o que diz uma pesquisa do Instituto Vamos Juntas.

De acordo com o levantamento, a corrida pelo eleitorado feminino exigiu esforço a mais de Lula e Bolsonaro, que tiveram que adequar seus discursos e intensificar as agendas com lideranças femininas. Do lado petista, o apoio de Simone Tebet e Marina Silva foi importante para Lula consolidar a imagem de conciliador. Ao lado de Bolsonaro, deputadas como Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP) usaram suas redes para reduzir a rejeição do ex-presidente entre o eleitorado feminino.

Na campanha de Bolsonaro, Michelle assumiu um protagonismo muito maior do que em 2018. Ela chegou a se pronunciar em comícios em defesa do ex-presidente. Segundo a pesquisa, o papel da ex-primeira-dama não era apenas o de angariar o apoio feminino, mas o de “minimizar alguns aspectos considerados negativos de Bolsonaro”, especialmente por meio do discurso religioso usado para justificar os deslizes de sua gestão.

Por outro lado, Janja tentou se apresentar como uma liderança progressista ativa na condução da campanha de Lula. De acordo com o levantamento, o seu discurso, por si só, não atingiu novos públicos, já que “as eleitoras de Lula eram aquelas de baixa renda que já estavam com intenção de voto direcionado ou aquelas que de alguma forma já rejeitavam veemente as falas do Bolsonaro”. O diferencial da atual primeira-dama ocorreu nos bastidores, onde ela articulou apoio de artistas e influenciadores.

A pesquisa do Instituto Vamos Juntas entrevistou autoridades, políticos, lideranças partidárias, membros da sociedade civil, do setor privado e jornalistas que participaram de uma observação das eleições de 2022. O levantamento tentou identificar as principais barreiras para a atuação de mulheres na política.

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