Política

Freire Gomes confirma reuniões com Bolsonaro e minuta golpista em depoimento à PF

Antônio Cruz / Agência Brasil
Ex-comandante do exército, Freire Gomes, abriu o jogo sobre o caso investigado pela PF  |   Bnews - Divulgação Antônio Cruz / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 15/03/2024, às 07h06


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Marco Antônio Freire Gomes, mais conhecido como Freire Gomes, confirmou à Polícia Federal (PF) detalhes importantes sobre o inquérito da minuta golpista. O ex-comandante do Exército Brasileiro, em seu depoimento, ratificou que esteve presente em algumas reuniões com o ex-presidente Bolsonaro (PL). De acordo com ele, esses encontros foram para tratar de minutas de teor golpista e contra as eleições presidenciais de 2022, ganhas pelo presidente Lula (PT).

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O militar teria relatado aos investigadores da PF que o ex-chefe do executivo federal teria lhe apresentado um documento que decretava duas situações preocupantes. A primeira seria um decreto de Estado de Defesa, enquanto a segunda criava uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a legalidade do processo de votos. Freire Gomes contou ainda que, no início, foi apresentado às Forças Armadas um plano golpista, mas que após uma recusa de adesão ao plano, alguns membros do governo começaram a "atacar" os militares.

Um exemplo disso, é o caso do ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, o militar de reserva Walter Braga Netto. O então candidato teria chamado Freire Gomes de "cagão" por, supostamente, o ex-comandante não aceitar o plano golpista. Essa informação foi obtida pela Polícia Federal após uma mensagem ter sido interceptada. Na ocasião, além dessa ofensa, Braga Netto teria estimulado outros ataques contra o então comandante do Exército Brasileiro.

A PF segue apurando o papel dos ex-comandantes, Marco Antônio Freire Gomes, do Exército, e Carlos Baptista Júnior, da Aeronáutica, no plano golpista supostamente elaborado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Sobre este assunto, em seu depoimento, Freire Gomes afirmou que o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria se colocado à disposição do plano de Bolsonaro. Com informações do Metrópoles.

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