Política
Publicado em 26/03/2024, às 11h47 Dandara Amorim
Em 2019, a família de Marielle publicou uma nota exigindo que o crime fosse apurado pelas autoridades do Rio de Janeiro. Na época, era o primeiro ano do governo Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, havia sugerido a federalização do caso.
A viúva de Marielle, Mônica Benício, também temia que um processo de federalização causasse atrasos nas investigações. Ela chegou a dizer, em setembro de 2019 ao jornal O Globo, que tinha medo de que a federalização produzisse o efeito totalmente contrário à intenção demonstrada pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de agilizar a apuração do crime.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisou um pedido da Procuradoria Geral da República(PGR) em 2020, que solicitava a federalização do caso, mas o pedido foi rejeitado, sob argumento de que "não é possível verificar desinteresse por parte das autoridades estaduais nas investigações para solucionar o crime".
A família comemorou à época a decisão. Inclusive, enviaram carta ao STJ pedindo para que investigação continuasse no Rio de Janeiro. A mãe de Marielle, Marinete da Silva, continuou sustentando que era contra a federalização mesmo após o início do governo Lula. Já Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada e ministra da Igualdade Racial, passou a mostrar apoio à federalização.
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