Política
Publicado em 16/12/2021, às 20h13 Redação
O ex-secretário da Casa Civil do Estado da Bahia, Bruno Dauster, foi indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Repiradores na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (AL-RN).
Além dele, o governador Rui Costa (PT) e o secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, também foram alvo de indiciamento.
A investigação teve como alvo a compra frustrada de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste, que custou R$ 48,7 milhões aos cofres dos nove estados da região.
Em quatro meses e meio de trabalho, a CPI, concluída nesta quinta-feira (16), juntou milhares de documentos e ouviu 72 testemunhas, convidades e investigados.
A compra dos respiradores junto à empresa Hempcarese se iniciou a partir de ofício de 5 de abril de 2020, pelo qual Carlos Gabas solicitou aos estados-membos do consórcio, em um prazo máximo de 12 horas, a transferência de valores correspondentes à aquisição de 30 ventiladores pulmonares.
Cada um, custaria R$ 164.917,86, totalizando R$ 4.947.535,80 para cada estado. Os respiradores, no entanto, não foram entregues e o dinheiro não foi devolvido.
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito indicia Bruno Dauster por contratação direta ilegal e improbidade administrativa.
Rui Costa e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), foram indiciados por improbidade administrativa. Já Gabas, por crime de corrupção passiva e contratação direta ilegal.
Também foram indiciados o atual prefeito de Araraquara (SP) - o município teria recebido R$ 4 milhões em respiradores da Hempcare -, Edinho Silva (PT), e o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, além de empresários e servidores públicos.
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