Política

Ex-governador do PT vira réu por propina em obra de estádio para a Copa de 2014

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Petista teria pedido propina de R$ 300 mil por obra de estádio para a Copa do Mundo de 2014  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 09/10/2023, às 21h10   Cadastrado por Lula Bonfim



O ex-governador Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, virou réu na Justiça Eleitoral por supostamente ter pedido uma propina no valor de R$ 300 mil em doações para o seu partido nas eleições de 2010.

De acordo com informações do portal Metrópoles, o caso teria ocorrido em meio a negociações com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia para a reforma do Estádio Mané Garrincha, visando a utilização do equipamento esportivo na Copa do Mundo de 2014.

O recebimento da denúncia pelo juiz titular da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, Lizandro Garcia Gomes Filho, se deu na última segunda-feira (2), em atendimento a um pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE).

Agnelo está sendo acusado do crime de falsidade ideológica eleitoral. Segundo o MPE, o delito está inserido em contexto de “ocultação/ilusão/fraude da origem e natureza dos valores ilícitos, mediante a utilização do sistema eleitoral brasileiro para mascarar a origem espúria e com isso assegurar a execução e a consumação do delito eleitoral, uma vez que a verdadeira origem dos valores não foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral”.

Ao receber a denúncia, o juiz disse que “o indício de materialidade encontra-se adequadamente delineado a partir do Relatório Final realizado pela Autoridade Policial no Inquérito Policial 1095/2016, destacadamente sobre os indícios de que Agnelo Queiroz pediu o pagamento de propina em favor do Partido dos Trabalhadores”.

Para o ex-governador, a denúncia do MPE não tem procedência e é mais um exemplo da perseguição que tem sofrido.

“O que existe é contribuição de empresa ao partido na eleição municipal de 2010. A contribuição foi feita ao PT, como a lei permitia e conforme consta em declaração do partido aprovada pelo Tribunal Eleitoral. Me acusar de recebimento de vantagem é mais uma ação explícita de perseguição”, disse Agnelo ao Metrópoles.

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