"A gente tem muitas lacunas no que diz respeito a isso e enfrentar o racismo não é uma receita de bolo e não tem uma resposta única. Acho que o estado precisa permear uma série de caminhos para que se enfrente o racismo, até porque não é uma coisa singular, ele se apresenta e atinge a vida da população negra das mais diversas maneiras, seja com a ausência de oportunidades ou violência no território", disse a parlamentar.
Segundo ainda a deputada, o racismo tem muitas camadas e o estado brasileiro tem uma divída histórica com a população negra. Ela ainda acrescenta que o Brasil precisa reparar essa história, entendendo o racismo para além da superficialidade.
"O racismo não é só xingar o negro ou matar uma pessoa negra, mas é estrutural e institucional. Ele elimina a oportunidade da população negra e o estado precisa olhar para isso, para essas lacunas que a população enfrenta", continuou ela.
Por fim, a parlamentar afirmou que o enfrentamento do racismo é um trabalho que demanda muita empatia e o aumento da participação negra dentro dos espaços de tomada de decisão. "Porque somente a partir da nossa vivência, da nossa perspectiva, do nosso olhar e do enfrentamentos cotidianos que nós sentimos na pele, é que nós saberíamos quais são os caminhos que a população negra precisa precorrer para enfrentar a violência racial", finalizou Erika.